Coletânea de filmes de Mazzaropi chega ao streaming

Amácio Mazzaropi é considerado um dos principais produtores, cineastas e comediantes brasileiros. Foram mais de 30 filmes lançados ao longo de três décadas que lotaram as salas de cinema em todo o território nacional. Parte desta filmografia pode ser conferida nas plataformas de streaming Looke, Now, Vivo Play e Amazon Prime Video, a partir de 04 de novembro.

São doze filmes, distribuídos entre 1959 e 1979, que representam as maiores bilheterias do cineasta. Uma fase áurea que tem o caipira como o protagonista de divertidas histórias, repletas de confusões e que, em alguns casos, levaram ao grande público brasileiro, de forma inédita, temas e discussões importantes e que estão na ordem do dia até hoje, tais como:  reforma agrária, injustiças sociais, poluição, inclusão e racismo.

Entre os longas que chegam ao streaming estão “Chofer de Praça”, “Jeca Tatu”, “O Vendedor de Linguiça”, “ O Jeca e a Freira”, “No Paraíso das Solteironas”,  “Jeca e seu Filho Preto”,  “A Banda das Velhas Virgens, filmes estrelados por Geny Prado, atriz parceira de Mazzaropi também em programas de televisão. Além de Geny, destacam-se as participações de atores reconhecidos como Tarcísio Meira, Zilda Cardoso, Roberto Duval, Maria Helena Dias, Roberto Pirillo, Yara Lins, entre outros.

Outra presença marcante nos filmes é a música.  O cantor Agnaldo Rayol e Lana Bittencourt, por exemplo, fazem shows musicais ao lado de Mazzaropi, em “Chofer de Praça” e “Jeca Tatu”; Elza Soares participa de “O Vendedor de Linguiças” e de “Um Caipira em Bariloche”, Peri Ribeiro, os irmãos Tony e Cely Campello, entre vários outros cantores, também realizam peças musicais nos longas.

Confira a lista dos filmes:

Mazzaropi – Chofer de Praça – comédia -1959

O humilde Zacarias vai para a cidade grande com sua mulher para arrumar emprego e ajudar seu filho a pagar os estudos. Seu maior sonho é ver o filho se formando e, para isto, está disposto a fazer o possível e o impossível. Eis que surge um trabalho como Chofer de Praça. Pronto, era tudo o que ele precisava para fazer o público se borrar de tanto rir com as viagens cheias de trapalhadas deste chofer do barulho. Próxima parada: diversão e gargalhadas!

Mazzaropi – Jeca Tatu – comédia -1960

Jeca é um roceiro preguiçoso de dar dó, mas esta preguiça está com os dias contados, pois seu ranchinho está ameaçado pela ganância de latifundiários sem coração. Agora ele vai usar todo seu jeito matreiro para conseguir seu cantinho de terra. Um clássico da filmografia de Mazzaropi. Às vezes engraçado, em outros momentos, de uma beleza tocante, ele trata com muita singeleza a figura do homem do campo e a questão da reforma agrária neste filme que é uma declarada homenagem do Mazza ao conterrâneo Monteiro Lobato

Mazzaropi – O Vendedor de Linguiça – comédia -1962

Mazzaropi é um vendedor de linguiça que, para conquistar sua freguesia, tem de ralar muito. Em meio a problemas com a família, vizinhos, e cachorros que adoram roubar suas linguiças, ele nos presenteia com mais um banquete de situações engraçadas que vão fazer você chorar de tanto rir.

Mazzaropi – Casinha Pequenina – comédia -1963

Este filme, que é considerado a obra-prima da Mazzaropi, traz um elenco de estrelas e marca a estreia de Tarcísio Meira no cinema. É uma tocante história sobre a luta contra os poderes corruptos dos coronéis e um épico que tem como pano de fundo, a libertação dos escravos no Brasil do século XIX. Interpretações soberbas e imagens belíssimas em um clássico do cinema nacional, campeão de bilheteria!

Meu Japão Brasileiro – comédia -1965

Em uma comunidade rural nipo-brasileira, Mazzaropi é um agricultor chamado Fofuca que enfrenta a exploração descarada do “seu” Leão, responsável por intermediar os negócios entre os produtores e o comércio na cidade.

Mazzaropi – O Jeca e a Freira – comédia -1968

Em uma fazenda no interior do Brasil, no século XIX, um senhor de terras responsabiliza-se pela educação da filha de um dos seus colonos, a ela afeiçoando-se como se fosse sua própria filha. Anos mais tarde, quando a jovem regressa do colégio em companhia de uma freira, o fazendeiro faz de tudo para que ela não reconheça seus verdadeiros pais. Um singelo filme com Mazzaropi que vai agradar toda a família.

Mazzaropi – No Paraíso das Solteironas – comédia -1969

Aquele caboclo acostumado com a vida do interior não poderia imaginar que ao tentar a sorte na cidade grande seria alvo dos olhares de desejo de uma turma de solteironas loucas por um “tipão” assim como ele. Na bagunça, ele ainda tem tempo para se envolver em confusões com a dona do hotel e é colocada às voltas com uma quadrilha e um grupo de ciganos.

Mazzaropi – Uma Pistola para Djeca – comédia -1969

Mazzaropi é Gumercindo, um homem pobre e honesto que tem sua filha seduzida pelo filho do fazendeiro. A garota fica grávida, mas a criança e´ motivo de chacotas por não ter pai. O patrão acaba o expulsando de suas terras e Gumercindo se une a fazendeiros vizinhos para o ajuste de contas. Agora a justiça deverá ser feita, só será preciso que algum louco dê Uma Pistola para Djeca.

Mazzaropi – O Grande Xerife – comédia -1972

Mazzaropi é Inácio Poróroca, chefe do correio local. Viúvo e pai de Mariazinha, ele é o morador mais antigo de Vila do Céu onde vive cuidando da vida dos outros. Um dia, o bandido João Bigode chega à cidade disfarçado de padre. O maldoso mata o xerife e põe Poróroca em seu lugar. A confusão está armada.

Mazzaropi – Um Caipira em Bariloche – comédia -1973

Polidoro, um fazendeiro ingênuo cai na conversa do genro e vende suas terras para um vigarista que engana a todos, inclusive sua própria esposa, uma argentina honesta e desiludida com o amor. Por pura armação, os dois acabam indo parar em Bariloche e lá na neve, em meio a confusões e gargalhadas, o caipira começa a juntar os fatos e retorna para desmascarar os vilões. Prepare- se para muitas risadas e momentos de beleza, intriga e suspense, nesta fita que foi uma das maiores bilheterias de toda a carreira do Mazzaropi.

Mazzaropi – Jeca e Seu Filho Preto – comédia – 1978

Em plenos anos 70, Mazza, com seu jeito simples, falou às multidões sobre assuntos importantes como o preconceito racial. Neste filme, ele é Zé, o pai de um rapaz (misteriosamente) negro, fato que nunca pareceu lhe incomodar, mas que incomoda os outros quando seu filho se enamora de uma moça branca, filha de um rico fazendeiro.

Mazzaropi – A Banda das Velhas Virgens – comédia – 1979

Mazza é um “matuto” com o sugestivo nome de… Gostoso. Ele é o maestro de uma bandinha hilariante, formada por senhoras idosas e beatas, que é expulso das terras onde vive e acaba indo morar em um depósito de ferro-velho na cidade. Ao encontrar um saco de joias, ele é acusado de roubo e tem que fazer de tudo para provar sua inocência. Como o nosso querido caipira vai se safar dessa vez?

da Redação A Toupeira

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