Crítica: “007 – Sem Tempo Para Morrer”

Depois de cinco filmes e 16 anos (foi anunciado em 2005), acabou a Era de Daniel Craig como James Bond. E que despedida é “007 – Sem Tempo Para Morrer” (No Time To Die)! Sem brincadeira, você não verá em nenhum dos outros 24 títulos da franquia algo tão emocionante.

A espera para ver o quinto trabalho do ator inglês foi grande. Teve forte especulação de que ele não voltaria depois de “007 Contra Spectre” (2015), teve a troca de diretor (Dany Boyle deixou o posto por diferenças criativas com a produção e deu lugar a Cary Fukunaga), além da pandemia de Covid-19, que atrasou o lançamento em vários meses. E a espera valeu a pena!

Tudo porque Daniel Craig entrega outra performance de gala. Pode ser usando um smoking ou bebendo o tradicional Martini batido e não mexido, é perceptível o quanto ele foi a escolha certa para ser o sexto Bond do cinema. Sem dúvida, estamos falando de um 007 histórico! Parabéns, Sr. Craig… Daniel Craig!

Não falarei sobre a trama para não dar spoilers (#semtempoparaspoilers), mas vou dizer que estamos diante da jornada mais íntima do personagem desde “007 Contra o Satânico Dr. No”, ou seja, desde o primeiro longa oficial do espião. Se você viu e se emocionou com “007 Operação Skyfall”, por exemplo, é bom se preparar pois essa missão de 2021 é algo inédito. Nada igual foi visto em quase 60 anos de “Bond Films”.

E não é só Craig que manda bem na parada. Temos outros personagens marcantes, como a agente Paloma, interpretada por Ana de Armas. Na história, ela ajuda o herói a encarar vários inimigos durante uma festa de gala. Belíssima e carismática, a atriz cubana demonstra classe a cada golpe dado em cena. O melhor de tudo é que seu vestido segue impecável o tempo inteiro. Não é à toa que Bond a aprovou!

E o vilão de Rami Malek? Cruel, metódico, calculista e megalomaníaco. Simplesmente um “bond villain” inesquecível! Dá para colocar na mesma prateleira dos clássicos Blofeld (Era de Sean Connery), Dr. No (007 Contra o Satânico Dr. No), Jaws (007 O Espião Que Me Amava e 007 Contra o Foguete da Morte), Oddjob (007 Contra Goldfinger), Raoul Silva (007 Operação Skyfall), entre outros.

A duração do longa pode incomodar alguns espectadores, afinal de contas, são 2h43 de filme – talvez não precisasse de tudo isso. A boa notícia é que a trama é sólida e intrigante do início ao fim, o que ajuda a deixar as coisas menos cansativas.

Falando como alguém que é grande fã da criação de Ian Fleming (sim, sou um Bondmaníaco!), “007 – Sem Tempo Para Morrer” é de explodir a cabeça. Ele consegue surpreender com uma ação matadora e explosiva. É o melhor de toda a franquia? Não. Pelo menos para mim, vai ser difícil “007 Contra Goldfinger” perder esse posto. De qualquer forma, é uma despedida épica para um dos melhores James Bond de todos os tempos.

por Pedro Tritto – Especial para A Toupeira

*Título assistido em Cabine de Imprensa promovida pela Universal Pictures.

Filed in: Cinema

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