Não que exista algo que de fato impeça alguém de ver um filme, mas “Amizade Desfeita” (Unfriended) foi claramente produzido para o público jovem, que sabe de tudo e mais um pouco que acontece no mundo virtual – em especial nas redes sociais em geral.
O longa – que chega ao Brasil apenas em sua versão dublada – começa um ano após a morte da estudante Laura Barns (Heather Sossaman), que comete suicídio, após ter um vídeo constrangedor publicado na Internet (o já velho conhecido Cyberbullying).
A trama – toda vista através da tela do computador da garota Blaire (Shelley Hennig) – mostra um grupo de seis amigos que, em plena conversa via Skype começam a perceber que há algo muito errado, com o surgimento e permanência de um sétimo membro misterioso no bate-papo.
O que a princípio parecia obra de um hacker, na verdade mostra-se bem mais do que isso, quando os jovens passam a receber também mensagens via perfil do Facebook da falecida Laura, que propõe uma espécie de “jogo” entre eles (o que em se tratando de filme de terror raramente dá em coisa boa).
São 83 minutos de um filme “descartável”. Se não há nada que comprometa o andamento da história, também não há nada que se destaque, a não ser a arriscada opção do diretor Levan Gabriadze de transformar a tela do cinema em uma imensa tela de computador com direito a abertura de várias abas diferentes, o que após um tempo acaba parecendo “banal”, o espectador já não se apega à tal “novidade”.
O elenco, composto por apenas seis pessoas (o tal grupo de conversa no Skype) mais a atriz que faz a falecida Laura – que aparece justamente no “vídeo constrangedor” não tem nenhum nome de peso.
Complicado catalogar a produção em um gênero. Está longe de ser terror, mas também falta muito para ser um bom suspense. Para certas dúvidas, nem o Google tem respostas.
por Lara McCoy
