Com o inesperado sucesso alcançado pela Warner em 2013 com “Invocação do Mal”, era de se imaginar que uma continuação fosse lançada em algum momento – o que de fato deve acontecer em 2015. Mas o longa foi além e agora chega aos cinemas, “Annabelle” (idem), que traz a macabra boneca às telonas em sua trama própria.
Os fatos se dão em meados dos anos de 1960, antes do relato do casal de investigadores paranormais Ed e Lorraine Warren, e mostram como um simples brinquedo de coleção pode se tornar portador de uma coisa terrível.
A dona de casa Mia (Annabelle Wallis) e o estudante de medicina John (Ward Horton) são um jovem casal à espera de sua primeira filha. Tudo parece perfeito em suas vidas, até terem a casa invadida por dois membros de uma seita demoníaca, que não hesitam em tentar assassiná-los. Quando a mulher se suicida carregando Annabelle em seu colo, algo sobrenatural acontece (para azar daqueles que cruzarem o caminho da boneca).
Apesar da alguma semelhança (bonecos possuídos pelas almas de pessoas de índole duvidosa), não há mais nada que aproxime o filme de outro sucesso do gênero, “Brinquedo Assassino”. Ou seja, não espere por uma “inocente noiva de tranças ruivas” cheia de frases de efeito ou correndo atrás das pessoas com uma faca na mão – e essa aparente “normalidade” muitas vezes é ainda mais assustadora.
A produção conta com inúmeros recursos já vistos em outros filmes, o que poderia significar falta de criatividade, mas acaba sendo um porto seguro – mesmo que não impressione completamente os fãs de terror, consegue provocar vários sustos nos desavisados.
Vale reparar na cenografia detalhada que remete com perfeição a Los Angeles da década de 1960. Destaque também para a “cena do elevador” que deve fazer boa parte da plateia optar pela escada na próxima vez que entrar em um prédio à noite.
Então, corra para o cinema! Se tiver coragem.
por Angela Debellis
