Crítica: “Brooklin”

Brooklin pôster nacional críticaFilmes de época parecem ter um lugar cativo nos corações da audiência em geral e dos membros da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. Seguindo essa linha de raciocínio, “Brooklin” (Brooklyn) é a bola da vez e chega aos cinemas brasileiros com três indicações ao Oscar (Melhor Filme, Melhor Atriz e Melhor Roteiro Adaptado).

No longa que tem direção de John Crowley e é baseado na obra homônima de Colm Tóibín, Saoirse Ronan vive a protagonista Eilis Lacey, uma jovem irlandesa que encontra na chance de viver em Nova York – mais precisamente no bairro que dá nome à produção – a perspectiva de um futuro infinitamente mais promissor do que na pequena Enniscorthy, sua cidade natal.

Deixar a mãe viúva e a irmã mais velha para trás, e encarar e novidades de outro país é algo que pode ser bastante doloroso em muitos momentos. Afinal, estar fisicamente tão longe e ter que lidar com a saudade da família em tempos nos quais a comunicação se baseava em cartas e alguns raros telefonemas é um grande desafio.

E as provações já começam na longa viagem de navio que a levará, junto a dezenas de imigrantes, cujas esperanças de baseiam na promessa de prosperidade do “Sonho Americano”.

É notável a mudança da personagem no decorrer do filme. Sem parecer exagerado ou caricato, vemos a passagem da garota introspectiva e que pouco sorri, para uma mulher firme em seus atos e que vislumbra dias melhores e repletos de oportunidades em todas as áreas de sua vida. Mas essa aparente segurança é colocada em teste quando fatos inesperados culminam num retorno a seu país, quando surgem novas possibilidades de fazer a vida na cidade em que nasceu.

Com a trama passada no início dos anos 1950, é possível encher os olhos com o eficiente trabalho de cenografia e figurino. Destaque para as cenas que fazem uso adequado de closes de Eilis, ressaltando a beleza e os marcantes olhos azuis da jovem atriz Saoirse (que, apesar da pouca idade, 21 anos, já concorre ao Oscar pela segunda vez – a primeira foi como coadjuvante em 2008, por seu trabalho em “Desejo e Reparação”).

Vale conferir.

por Angela Debellis

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