Crítica: “Cinquenta Tons de Cinza”

Cinquenta-Tons-de-Cinza-pôster-oficial críticaUm jovem magnata que “não curte romance” e uma estudante de literatura que nunca experimentou o amor. No que isso poderia levar? No caso de “Cinquenta Tons de Cinza” (Fifty Shades of Grey) a uma relação complexa e intrigante, com direito a contratos de confidencialidade entre Christian Grey e Anastasia Steele.

Baseado no primeiro livro da trilogia erótica de E.L. James, que já vendeu 100 milhões de cópias no mundo todo, o longa traz o ator irlandês Jamie Dornan e Dakota Johnson, filha dos também atores Don Johnson e Melanie Griffith, nos papéis principais. A atriz, que estreia como protagonista convence como a virgem Ana – frágil, insegura e apaixonada. Já Dornan abusa dos olhares para dar a ideia de uma mente perturbada e apesar de charmoso fica devendo no quesito beleza – quem leu o livro vai entender.

O que se vê é uma versão leve em relação ao livro. A “pornografia para mulheres” se tornou mais sutil e delicada. As cenas de sexo são curtas e foram reduzidas pela metade. O sadomasoquismo é mostrado de maneira superficial com um Sr. Grey com certa dose de romantismo e menos dominador do que na forma literária. Não há nu frontal de ambos, mas, como sempre nos cinemas, o corpo da atriz, esguio e bonito, é bem mais explorado pela diretora Sam Taylor-Johnson.  Na linguagem também ficaram de fora os diálogos picantes e os palavrões.

A “sala de jogos” ou “quarto da dor” como a Srta. Steel preferiu definir o local aonde o Sr. Grey usa brinquedinhos para, segundo ele, levar ao prazer, foi bem retratada na telona, apesar de pouco explorada.

O livro é super detalhado e por isso algumas passagens divertidas acabaram esquecidas, como a parte em que Ana vai jantar com a família Grey e está sem calcinhas. A cena dá a entender, mas certamente para quem não conhecia a história passou batido. Diferente do papel, na tela o romantismo é mais presente, como quando o casal sobrevoa a cidade de Seattle ao som de “Love me like you do”, de Ellie Goulding .

O filme é bem produzido e esteticamente bonito principalmente nas cenas mais quentes. Se o objetivo é entretenimento, cumpre bem o papel sem grandes compromissos.

Os fãs podem ficar tranquilos, pois a Universal Pictures já confirmou as sequências “Cinquenta Tons Mais Escuros” e “Cinquenta Tons de Liberdade” ambas sem previsão de lançamento.

Agora é aguardar!

por Adriana Amaral – especial para A Toupeira

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