Crítica: “Covil de Ladrões”

“Covil de Ladrões” (Den of Thieves) é o novo trabalho de Christian Gudegast, diretor de “Invasão a Londres”, e narra a tentativa de um grupo de elite do Departamento de Xerife da Polícia de Los Angeles enquanto tentam frustrar um assalto feito pela quadrilha de assaltantes de banco mais bem sucedida da história da cidade, ao maior alvo possível: o Banco Central de Los Angeles.

O filme é a típica ação polícia versus ladrão. E a premissa não é a única coisa batida: toda a trama é permeada de figuras já desgastadas de outros títulos e clichês desse tipo de produção, como o policial durão que não joga pelas regras e tem problemas familiares; o ladrão que parece o elo fraco da corrente e na verdade é o elemento mais importante; os superiores na polícia que não escutam o policial durão e são completamente incompetentes, atrapalhando mais que ajudando.

Até mesmo algumas cenas acabam lembrando as vistas em outros filmes. A atuação dos atores não ajuda, com a mais interessante sendo de Gerard Buttler (que também esteve no elenco de “Invasão a Londres”) como Nick Flanagan, o chefe do esquadrão de elite, mas ainda assim só reforça a sensação do estereótipo do personagem. Ainda há a incômoda sensação de que há participações escritas apenas por sua possível visibilidade entre o público, esse é o caso do rapper / ator ‘50 Cent’, cujo papel de Enson Levoux é mínimo, e sua atuação idem.

Visualmente o longa é bonito, em particular quando se tratam de suas cenas externas. As sequências internas, apesar de menos intensas, conseguem dar conta. A trilha sonora não chega a impressionar e acaba passando despercebida a maior parte do tempo.

A grande atração mesmo da obra são seus tiroteios, aos quais tenta se dar um mínimo de realismo, inclusive com a movimentação dos atores que visam imprimir um ar de legitimidade ao manuseio de armas e ações.

Infelizmente, “Covil de Ladrões” é um produto clichê. Sua história não tem o bastante para levar quem não é fã do tipo de filme ‘polícia versus ladrão’ ao cinema, e quem curte verá algo que já viu várias vezes. Ainda assim, quem gosta de assistir mais pelas cenas de ação, pode sair em parte satisfeito da sessão.

por Ícaro Marques – especial para A Toupeira

Filed in: Cinema

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