Crítica: “Creed – Nascido para lutar”

Creed Pôster CríticaMesmo quem não é um fã propriamente dito de filmes que têm o boxe como mote principal deve conhecer a franquia protagonizada por Sylvester Stallone, no papel de Rocky Balboa.

Sem questionar a qualidade das produções – até porque a primeira delas (“Rocky, um lutador”) ganhou três estatuetas do Oscar – incluindo a de Melhor Filme – e um Globo de Ouro, há de se dizer que foram marcos na história do cinema.

É com isso em mente que chega aos cinemas “Creed – Nascido para lutar” (Creed), que na teoria é a sétima parte da citada franquia, mas também pode ser o precursor de uma nova leva de filmes, já que as luzes agora estão voltadas para o personagem do competente ator Michael B. Jordan, o jovem Adonis Creed.

O protagonista é filho ilegítimo de Apollo Creed, maior adversário de Rocky nos longas anteriores. O garoto apesar da boa índole parece ter a necessidade de lutar como parte de seu gene – o que nem sempre é um bom negócio quando se passa a infância em casas de apoio e reformatórios.

Quem muda radicalmente sua vida é Mary Anne, a viúva de seu pai, que pelo jeito soube administrar muito bem a fortuna deixada pelo lutador, podendo lhe oferecer a ajuda necessária.

Passam-se alguns anos e Adonis agora já é um homem feito. Mas colocar um exímio lutador para trabalhar em uma financeira é como prender um pássaro numa gaiola e logo ele parte em busca de seu verdadeiro caminho. Nessa jornada busca o auxílio justamente de Balboa, lutador aposentado que administra um restaurante italiano  -obviamente – para ser seu treinador oficial.

A partir desse ponto, há várias referências (e reverências) claras ao trabalho realizado por Stallone ao longo desses 40 anos, desde a estreia do primeiro filme da série. Mas tudo é feito de maneira tão bem pensada, que não soa como forçado ou clichê.

A fusão entre o já conhecido e o novo faz do longa uma boa surpresa para quem não acreditava mais na força da história do “Garanhão Italiano”. E a opção em mostrar o veterano lutador como um senhor sem nenhuma pretensão – física ou sentimental – de voltar a lutar é o maior acerto do longa dirigido por Ryan Coogler. Como o próprio personagem diz: “O tempo leva todo mundo embora. O tempo é invencível”.

Ok, mas e as cenas de luta? Elas também são ótimas e eficientes. Sejam dentro ou fora dos ringues.

Não precisa encarar a icônica escadaria da Filadélfia. Corra até um cinema mais pertinho, porque vale a pena conferir!

por Angela Debellis

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