Crítica: “Enrolados”

Como grande fã de Clássicos Infantis, a princípio não vi com bons olhos essa ‘repaginada’ na história de Rapunzel. Gosto demais dos personagens “originais” e qualquer alteração me assusta no começo.

Mas essa impressão foi desfeita já nos primeiros minutos de exibição de “Enrolados” (Tangled). Na 50ª animação da Disney, a protagonista (voz de Mandy Moore na versão em inglês) não é só uma garota de cabelos longuíssimos que fica trancada em uma torre. Parece até bem mais próxima de qualquer adolescente real – dentro dos limites de toda personagem de Contos de Fadas, é claro.

No lugar do galante príncipe, surge uma versão bem menos glamourosa, porém muito mais divertido: Flynn Rider (voz de Zachary Levy na versão original e Luciano Huck na adaptação brasileira) é um ladrão que após roubar a coroa da “princesa desaparecida” vai parar justamente na torre de Rapunzel, com quem não se entende à primeira vista – o que lhe rende algumas “frigideiradas” na cabeça!

No lugar da bruxa que tira a menininha dos pais, agora há Mãe Gothel (voz de Donna Murphy), uma mulher que leva a vaidade ao extremo e descobre que o cabelo da jovem tem o poder de lhe conferir juventude eterna, desde que nunca seja cortado (o que é um bom motivo para manter a tal cabeleira com vários metros!).

Em seu 18º aniversário, a garota tem a chance de sair da torre para ver de perto os balões iluminados que enfeitam o céu todo ano nesta data, sem saber que é uma atitude de seus pais, o rei e a rainha, que a homenageiam anualmente, na esperança de reencontrá-la.

A produção é impecável e tudo funciona com extrema delicadeza. Todos os elementos merecem aplausos e mais uma vez, os coadjuvantes se destacam. O Camaleão Pascal e o cavalo Maximus facilmente caem no gosto do público.

O 3D não chega a ser fundamental, mas é muito bem utilizado. A cena que envolve os tais balões iluminados é emocionante – ainda mais porque, como sempre, a trilha sonora ajuda a compor o cenário ideal e pra lá de conhecido dos fãs da Disney, que mostra que, mesmo depois de tantos anos, a fórmula continua fazendo sucesso.

Então, pare de “enrolar” e corra para o cinemas!

por Angela Debellis

Filed in: Cinema

You might like:

Crítica: “Godzilla e Kong: O Novo Império” Crítica: “Godzilla e Kong: O Novo Império”
Crítica: “Instinto Materno” Crítica: “Instinto Materno”
Crítica: “Nada será como antes – A música do Clube da Esquina” Crítica: “Nada será como antes – A música do Clube da Esquina”
MIS celebra 40 anos de “Ghostbusters” com exposição inédita e gratuita MIS celebra 40 anos de “Ghostbusters” com exposição inédita e gratuita
© AToupeira. All rights reserved. XHTML / CSS Valid.
Proudly designed by Theme Junkie.