As continuações de filmes de sucesso sempre atormentam o mais fiel dos cinéfilos, críticos de cinema e demais apaixonados pela sétima arte. Ainda bem que temos presenciado diversos casos em que a seqüência é tão boa, ou melhor, que o primeiro filme. Neste caso falo de “Hellboy 2: O Exército Dourado” (Hellboy 2: The Golden Army) que chega aos cinemas neste final de semana.
Adaptado das histórias em quadrinhos, o personagem Anung un Rama (Hellboy) interpretado magistralmente pelo ator Ron Perlman é um ser de aspecto diabólico (notem os pseudos chifres que ele insiste em raspar) que foi encontrado pelo professor Bruttenholm em uma missão durante a segunda guerra mundial.
Na realidade o pequeno ser de outra dimensão deveria crescer e destruir o mundo, mas graças à intervenção do cientista ele se torna um gigante de coração bondoso e parte para a briga contra as forças do mal. Acabei de resumir a trama das revistas e do primeiro filme, assim pude situar você leitor para a aventura a seguir.
Na segunda produção Red (como é conhecido pelos amigos) volta à ativa e com mais vontade de quebrar a rotina. Infelizmente um príncipe de criaturas mágicas de um tempo esquecido pela humanidade quer acabar com nossa sociedade. Nuada (Luke Goss) deseja invocar um exército virtualmente indestrutível, mas sua irmã, a princesa Nuala (Anna Walton), é da paz e fará de tudo para impedir os planos malévolos do rapaz.
Agora coloque nisso tudo uma boa dose de pancadaria, efeitos especiais fenomenais e sobrenaturais, uma pitada de ótimo humor e terá um filme que pode não agradar aos fãs de carteirinha, mas que vale a pena e considero melhor que o primeiro Hellboy (2004). Aliás, tem uma ótima cena de dor de cotovelo de dois personagens principais que entrou para a galeria das cenas mais divertidas que vi até hoje e com o fundo musical mais deprimente também.
Seja você um troll, duente, fada dos dentes ou humano mesmo, não perca essa aventura cinematográfica.
por Clóvis Furlanetto
