Crítica: “Jack, O Estripador – A História Não Contada”

A ficção sempre foi berço de criação de icônicos personagens, seja em obras cinematográficas ou literárias. Parte desse sucesso se deve aos antagonistas que, muitas vezes, ocupam uma posição de evidência em grande parte dos momentos de maior destaque nos enredos.

Também é fácil afirmar que a vida real é palco de histórias e figuras tão assustadoras quanto as que emergem da imaginação de roteiristas e escritores. Quando os dois mundos (real e ficcional) colidem, é possível entregar uma narrativa como a vista em “Jack, O Estripador – A História Não Contada” (Jack, The Ripper).

A trama se passa em Londres, no ano de 1888, e gira em torno da investigação que tem como objetivo a captura do protagonista de um dos casos “insolúveis” mais famosos da história e que dá nome ao filme: Jack, O Estripador. O assassino em série que jamais teve sua identidade descoberta pela polícia e, por consequência, nunca foi capturado, já foi tema de diversas produções ao longo dos anos.

No filme dirigido e roteirizado por Steve Lawson, acompanhamos o trabalho do Inspetor Edmund Rees (Phil Molloy), incumbido de encontrar o responsável pela morte de mulheres nos becos do bairro de Whitechapel. Em comum, além da juventude, as vítimas têm o fato de trabalharem como prostitutas.

Fornecendo informações importantes ao Inspetor, está o legista Thomas Locque (Jonathan Hansler), cujo assistente Dodd (Jacob Anderton) mostra-se um dos personagens mais repugnantes, devido à sua postura antiprofissional e comentários que ultrapassam qualquer limite do aceitável, em relação às mulheres assassinadas.

Conforme a narrativa avança, quase todos os que aparecem em tela tornam-se suspeitos. Entre eles, Stubb (Chris Bell), repórter do jornal Morning Times, cuja reputação questionável ajuda no fato dele redigir textos tendenciosos e que incluem informações nem sempre provenientes de fontes seguras.

Tratando de um assunto muito rico e que, mesmo após tantos anos, continua atraindo a atenção de tantas pessoas, “Jack, O Estripador – A História Não Contada” peca em alguns detalhes – como o fato de fazer uso excessivo da trilha sonora composta por Michael Vignola que, embora muito bonita, parece desnecessária em várias sequências, além de mostrar repetidas vezes (de modo bastante explícito) os cadáveres mutilados das moças.

Por outro lado, ao contar com um final que apresenta uma conclusão fechada à busca pelo notório matador, o longa consegue ser interessante e, até mesmo, surpreendente. Destaque para uma frase dita em dado momento pelo policial interpretado por Marcus Langford: “Não adianta buscar sentido em atos de loucura. Se fizessem sentido, não seriam loucos”.

por Angela Debellis

*Disponível para aluguel e compra nas plataformas: NOW, Looke, Vivo Play, Apple TV, Google Play, Microsoft e iTunes, nas versões dublada e legendada (com áudio original).

** Título assistido via streaming, a convite da A2 Filmes.

Filed in: BD, DVD, Digital

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