Crítica: “Jogos Vorazes”

230312 Jogos Vorazes pôsterO primeiro capítulo de um dos maiores fenômenos literários da atualidade chega às telonas. “Jogos Vorazes” (Hunger Games) carrega a promessa de atrair um grande público de, até aqui, fiéis leitores da história criada por Suzanne Collins.

A trama se passa entre as ruínas do que foi a América do Norte, que agora é composta pela luxuosa Capital e por outros doze distritos bem mais humildes. Somos apresentados a uma espécie de reality show bizarro e cruel, promovido pela alta cúpula da sociedade, que anualmente faz um sorteio que põe seus jovens em perigo real, ao serem obrigados a participar dos jogos que dão nome ao filme. Só pode haver um vencedor a quem é concedido o prêmio máximo: sair vivo da competição.

E é justamente nesse cenário de surpresas e conflitos que começa a verdadeira saga da protagonista Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence que imprime seu rosto à personagem dos livros). Sua participação nos jogos começa da maneira mais inesperada, ao se voluntariar, após o sorteio para a escolha dos participantes, para ir em lugar de sua irmã caçula, Prim – originalmente sorteada para a disputa. A seu lado, Peeta Mellark (Josh Hutcherson) forma a dupla de “tributos” do Distrito 12.

Entre as aflições impostas pela desconhecida arena de combate e as armadilhas de seus oponentes, a jovem de apenas 16 anos, ainda consegue ser parte de um triângulo amoroso que divide as opiniões dos fãs mais ardorosos da franquia.

Com gritantes diferenças entre o povo da capital e os habitantes dos demais distritos, fica clara a crítica à sociedade real, onde boa parte das pessoas de menor renda idolatra os mais abastados, mesmo que isso signifique ser motivo de chacota e diversão alheia. E esse tema aparentemente tão “pesado” é surpreendente – e bem-vindo – ainda mais quando se trata de uma franquia cujo público alvo são os leitores/espectadores mais jovens.

Ainda não li nenhum dos três livros que compõem a saga, mas após esse meu primeiro contato com os jogos, algo me diz que esse quadro mudará em breve.

Vale conferir.

por Angela Debellis

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