Crítica: “My Little Pony: O Filme”

Entre os meus inúmeros e muito bem conservados brinquedos de infância, estão alguns pequeninos pôneis, que, mesmo depois de décadas, preservam a graciosidade original. Anos se passaram, muita coisa mudou (inclusive os nomes dos personagens que agora acompanham a tendência de se manter a versão original), mas a delicadeza e simplicidade tão caraterísticas permanecem as mesmas.

Grande sucesso sob a forma de uma série animada para a TV (My Little Pony: A Amizade é Mágica) e como tema dos mais diversos produtos – incluindo uma vasta e linda gama de colecionáveis-, “My Little Pony: O Filme” (My Little Pony: The Movie) chega aos cinemas e mostra competência ao levar sua mensagem de forma brilhante – literalmente.

A trama se passa no reino de Equestria, cenário onde vivem os adoráveis animais do título. Em meio aos preparativos de mais uma grande festa, a Princesa Twilight Sparkle, ao lado de suas cinco inseparáveis amigas – Applejack, Rainbow Dash, Rarity, Pink Pie e Fluttershy, do dragãozinho Spike e de novos companheiros inesperados, terá que enfrentar forças malignas que planejam tomar o poder e acabar com a paz do local.

Os vilões surgem na pele de Rei Storm (voz de Sérgio Marone, no Brasil), um macaco ditador, que tem na unicórnio Tempest (voz de Mariana Rios) sua principal aliada para conseguir o poder absoluto. Para isso, é necessário tomar para si a magia que compete a cada uma das quatro princesas pôneis alicórnios – criaturas que têm asas de Pégaso e chifre de unicórnio – de Equestria: Luna, Celestia, Cadance e a caçulinha Twilight Sparkle.

É muito bacana a maneira como cada personagem consegue imprimir sua personalidade distinta, através não só da aparência física, mas de pequenas atitudes. E entre o grupo de protagonistas, uma das que deve chamar mais atenção do público é Pink Pie, cuja habilidade para exagerar na dose de simpatia é quase tão grande quanto seu coração.

Assim como também é válido destacar a eficiência em se equilibrar por 99 minutos uma história cuja base pode parecer simples, mas cuja importância, inclusive na vida real, é imensa: Amizade, confiança, respeito e amor pelo próximo (e suas diferenças) parecem mesmo ser a melhor receita para se viver em sociedade e buscar o alcance dos objetivos que realmente importam no final das contas.

A trilha sonora cumpre seu papel como personagem à parte, e entrega canções diretas, com letras que simbolizam da melhor maneira possível o que cada momento significa para a narrativa. Entre as faixas está “Rainbow” (única executada em sua versão original, sem adaptação de sua letra para o português), composta e interpretada pela cantora Sia, que, inclusive, aparece no filme sob a forma da personagem Songbird Serenade, grande atração da tal festa cuja preparação serve de pano de fundo inicial para a história.

É provável que crianças menores tenham uma melhor recepção ao encanto da animação, visualmente tão cativante. Mas independente da faixa etária, a mensagem que ela passa é tão importante, que o público em geral que já tenha simpatia pelo tema / estilo, deve aproveitar e se divertir também.

Vale conferir.

por Angela Debellis

Filed in: Cinema

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