Crítica: “O Garoto do Leito 6”

Bianca (Carolina Crescentini) é uma jovem médica, contratada pelo Padre Severo (Roberto Citran), para trabalhar no turno da noite em uma clínica pediátrica. Apesar de o serviço parecer tranquilo, o local possui uma energia maligna, devido ao seu passado como hospital psiquiátrico.

Algo aconteceu com o paciente do leito número 6. Perseguida por uma assombração, a médica passa a desconfiar que está enlouquecendo, e sua única saída é encontrar alguém que acredite no que ela diz.

“O Garoto do Leito 6” (Bed Number 6/Letto N.6), dirigido por Milena Cocozza, é uma produção italiana, que apesar de não ser excelente, ousou em construir uma narrativa que vai contra o que estamos acostumados a ver em determinadas histórias de terror.

O longa se baseia nos princípios básicos do gênero: assombração, possessão e um fato macabro que possa justificar o que está ocorrendo. Assim como vemos em outras produções, sabemos que o desfecho desses aspectos acontece quando a entidade divina entra em ação. Entretanto, o mais interessante neste filme, é que ele se passa dentro de um hospital católico.

A produção que está disponível na plataforma Cinema Virtual transformou o grande trunfo para combater o mal em algo suscetível a forças malignas, nutrindo-se do medo e do ódio. Um fato que fica claro desde o início da história, é que o padre responsável pelo hospital sabe exatamente o que assombra o lugar, mas não toma nenhuma providência a respeito.

Outro ponto interessante é a história por trás do mal-assombrado leito 6. Antes de ter sido reestruturado para se tornar uma clínica pediátrica, o local era um hospital psiquiátrico infantil, cuja desumanidade era a única forma de tratamento para os pacientes. Embora essa descoberta seja determinante para traçar um caminho, ela apenas camufla o real motivo das assombrações.

Apesar da tentativa de realizar algo diferente de outros títulos, “O Garoto do Leito 6” pode não agradar ao público que aguarda por uma boa produção de terror. A narrativa é fraca, e até um pouco parada para o gênero, além de focar muito em aspectos dramáticos, esquecendo que existem outros fatores a serem desenvolvidos.

por Victória Profirio – especial para A Toupeira

*Título assistido via streaming, a convite da Elite Filmes.

Filed in: BD, DVD, Digital

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