Crítica: “Snoopy & Charlie Brown – Peanuts, o Filme”

Snoopy Pôster CríticaSabe aquele personagem que você ama desde que se lembra de estar nesse mundo? Aquele que faz com que tenha lindas recordações de infância e de quando tudo era mais fácil, divertido?

Pois é. No meu caso, esse é Snoopy, o adorável beagle criado pela incrível imaginação de Charles Schulz há 66 anos. E é uma alegria escrever que, sob a direção de Steve Martino, “Snoopy & Charlie Brown – Peanuts, O Filme” (The Peanuts Film), mais do que o provável renascimento de uma franquia de sucesso, é uma linda homenagem à obra do cartunista, falecido em 2000.

A animação consegue encontrar um equilíbrio perfeito. Há a presença da tecnologia 3D (bem usada em cenas de profundidade), a preocupação com as mais diversas texturas (sejam os pelinhos do Snoopy, as penas de Woodstock ou os fios de cabelo das crianças), tudo muito atual e moderno. Mas também há a delicadeza do roteiro simples, que não traz a trama para o tempo presente, com direito à cena clássica de Charlie Brown se enrolando no fio de seu telefone “de disco”.

O enredo lembra muito os desenhos antigos da turminha e todas as características marcantes dos personagens foram destacadas. Entre elas, a falta de empolgação com os estudos de Patty Pimentinha, Lucy e seu “consultório psiquiátrico” com consultas a 5 centavos de dólar, Schroeder e seu pianinho de plástico no qual toca as grandes obras de Beethoven. Tudo que vai divertir o público que só agora conhece os “Peanuts” e emocionar quem já acompanha há anos suas aventuras.

A mensagem de que “devemos amar as pessoas pelo que elas são” nunca foi tão explícita. Charlie Brown, o garotinho que é um fracasso como jogador de beisebol, um dançarino sofrível e um péssimo empinador de pipas, quando visto por outra perspectiva é alguém cujo bom coração quase não cabe no peito, daquelas pessoas que todo mundo gostaria de ter naquele restrito círculo, no qual mantemos apenas os amigos de verdade.

Já as cenas que envolvem Snoopy e sua indefectível máquina de escrever (sim! Ele ainda datilografa suas histórias!) são um show à parte. É uma delícia viajar na imaginação do cãozinho que se imagina como o Ás Voador da Primeira Guerra Mundial que precisa enfrentar o poderoso Barão Vermelho para salvar sua amada Fifi.

Além da trilha sonora que continua primando pelo jazz e clássico – como nos desenhos originais – o destaque fica para as sequências finais, quando é fácil se pegar torcendo para que finalmente “Minduim” crie coragem para falar com a encantadora Garotinha Ruiva. Não estranhe se a beleza das imagens e do texto provocarem lágriminhas. É apenas o resultado de um trabalho que merece todos os aplausos dos fãs do gênero animação.

Imperdível.

por Angela Debellis

Nossa Toupeira Mascote também é fã!

Toupeira Snoopy logo crítica

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