Crítica: “Tudo por um Pop Star”

Baseado no livro homônimo escrito por Thalita Rebouças em 2003, “Tudo por um Pop Star” é daqueles filmes despretensiosos e que, normalmente, têm tudo para serem muito agradáveis de se ver, simplesmente porque não pretendem “reinventar a roda”, mas apenas apresentar uma trama de fácil entretenimento.

Manu (Klara Castanho), Gabi (Maisa Silva) e Ritinha (Mel Maia) são três adolescentes, que mais do que morarem próximas ou estudarem na mesma escola, têm em comum o amor pela boy band Slavabody Disco Disco Boys. Quando um show dos rapazes é anunciado para acontecer no Rio de Janeiro, as amigas farão de tudo para estar perto de seus ídolos da música.

Para isso, contarão com a ajuda da divertida Babete (Giovanna Lancellotti), prima mais velha de Manu e uma das melhores personagens da trama, que será a responsável pela ida das jovens à capital carioca.

Além disso, a vitória em um concurso promovido pelo youtuber Billy Bold (Felipe Neto com ainda mais caras e bocas do que o costume) também será providencial para o sucesso do plano de ver de pertinho os cantores.

Mas, é claro que as coisas não saem imediatamente como planejadas e alguns divertidos percalços pelo caminho transformarão a viagem em uma inesperada aventura, com direito a várias reviravoltas no roteiro – algumas, exageradas (sem serem nocivas), mas no geral, bem ajustadas.

A premissa é simples, mas ainda assim consegue se sustentar no fato de que a maioria (para não dizer todos) dos adolescentes já teve – ou ainda tem – uma ou mais pessoas a quem admira e por quem, muitas vezes, estaria disposto a madrugar em filas, chorar, pular e gritar, como diz uma das faixas da trilha do filme, interpretada pelo trio de protagonistas.

Particularmente, me senti representada pelo quarto cheio de pôsteres de Manu e pelo livro com diversos recortes de revistas de Gabi, que me fizeram lembrar com saudades de minha adolescência, e próprias aventuras para ir a shows – com direito a horas em filas para comprar ingressos (bem antes da era da Internet) e gripes fortíssimas (além de vários hematomas) por encarar uma chuva torrencial no meio de uma multidão na pista do estádio em que um de meus grupos favoritos se apresentava.

Se as personagens fossem reais, tenho certeza de que quando se passassem alguns anos, também lembrariam saudosas dessa época – e de tudo que viveram para realizar seu sonho – assim como teriam certeza de que, fora exageros descabidos e/ou perigosos, valeu muito a pena.

por Angela Debellis

Filed in: Cinema

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