Crítica: “Up – Altas Aventuras”

Assistir à “Up – Altas Aventuras” (Up) é uma experiência única e especial. A produção consegue ser competente em todas as áreas e além de um visual belíssimo (seja em 2 ou 3D), o roteiro é de uma sensibilidade ímpar. Posso afirmar que, ao término da exibição, a grande maioria dos espectadores deve sair da sala com os olhos vermelhos e o coração partido – sinal de que a comovente narrativa teve êxito em conquistar  a plateia.

Simplesmente porque é impossível não se envolver com a beleza da estória de Carl Fredricksen (voz de Edward Asner no original e Chico Anysio na versão dublada), que aos 78 anos não faz idéia do quanto ainda tem a acrescentar a sua vida e à do pequeno Russel (voz de Jordan Nagai / Eduardo Drummond), que no auge de seus 8 anos, tem tanto a ensinar ao amargurado senhor.

Um amor que começa de maneira inesperada na infância e que dura até o momento fatídico em que “a morte os separa”. Uma promessa “de coração” não cumprida por culpa dos acasos da vida e a dura realidade de um tempo em que arranha – céus são valorizados e lembranças desprezadas. A oportunidade de recomeçar, olhar para fora de seu mundo particular e descobrir que ainda há beleza nas coisas mais simples (e por isso mesmo, mais importantes) da vida.

A saga do Sr. Fredricksen dirigida e roteirizada por Pete Docter e Bob Peterson é muito maior do que a inusitada viagem à América do Sul em sua casa sustentada por milhares de balões. É uma das passagens mais bonitas e marcantes que já vi nas telonas.

E como a Pixar (felizmente) se supera a cada nova obra, mais um curta – metragem espetacular antecede a animação. “Parcialmente Nublado” desvenda todos os mistérios dos nascimentos dos bebês. Como muitos já suspeitavam, são mesmo as cegonhas que os trazem. O que ninguém sabia, é que os pequenos são moldados por simpáticas nuvens!

Voe para os cinemas!

por Angela Debellis

Filed in: Cinema

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