Crítica: “Vingadores: Era de Ultron”

Quando um filme levanta muitas expectativas, seja porque seu antecessor ultrapassou a marca de US$ 1 bilhão em bilheteria, ou porque a qualidade do gênero ao qual pertence está cada vez maior, a estreia nos cinemas passa a ser um verdadeiro “evento” para boa parte do público.

É com essa responsabilidade que “Vingadores: Era de Ultron” (The Avengers: Age of Ultron) surge nas telonas. O longa que tem novamente Joss Whedon à frente da direção chega hoje, 23 de abril, em terras brasileiras – enquanto a estreia mundial acontece apenas em 1º de maio.

Com a equipe devidamente entrosada e a maioria das explicações já dadas no filme anterior, é hora dos protagonistas trabalharem pesado na manutenção da ordem e da paz. O problema é quando isso deixa de ser uma boa intenção para se tornar um monumental obstáculo.

No intuito de ampliar o poder de ação quando o assunto é zelar pelo bem da humanidade, o bilionário Tony Stark/Homem de Ferro (Robert Downey Jr) põe em xeque sua genialidade ao criar o que chama de “Programa Ultron”, uma inteligência artificial muito superior a qualquer outra que a tecnologia já tenha sido capaz de produzir e por isso mesmo, imensuravelmente perigosa. Curiosidade: nos quadrinhos, Ultron é uma criação de Hank Pym, o Homem-Formiga, cujo filme solo chega ao Brasil em 16 de julho, estrelado por Paul Rudd.

Esse é o ponto de partida para um dos filmes de super-heróis mais legais dos últimos tempos. Seguindo a linha do grande sucesso de 2012, a produção é repleta de cenas de ação – algumas com exagero de recursos visuais, é verdade, mas nada que chegue a prejudicar o geral – e em muitos momentos parece que vemos uma revista em movimento. Dica: não espere muita qualidade do 3D.

Na trama, cabe à equipe dos Vingadores enfrentar o surpreendente vilão em forma de robô e evitar uma catástrofe que poria em risco a existência humana. Coisa “banal” para quem sabe o que esse tipo de personagem passa nas histórias em quadrinhos!

Ainda há a inserção de mais duas personalidades bem conhecidas entre os leitores: os irmãos Wanda e Pietro Maximoff (Elizabeth Olsen e Aaron Johnson, respectivamente) – codinomes: Feiticeira Escarlate e Mercúrio – que por causa de questões contratuais tiveram sua origem modificada de maneira radical – saem os “mutantes” para entrar os “aprimorados”.

Os grandes destaques ficam para outros dois nomes: o vilão da vez, Ultron, impecável em sua capacidade de ser cruel, sarcástico e inteligente (mérito de James Spader que deu voz e movimento a ele) e o surpreendente Visão (Paul Bettany), que apesar de uma aparição bem mais modesta do que aquela que lhe faria jus, consegue protagonizar vários momentos memoráveis.

Também vale destacar o equilíbrio entre a ação pura e absoluta, as tiradas cômicas (um dos grandes méritos da franquia) e os excelentes momentos de seriedade da produção. O roteiro bem elaborado faz com que o interesse seja mantido do início ao fim e após a rápida cena no meio dos créditos, é fácil já entrar no clima de espera por “Capitão América 3: Guerra Civil”.

Imperdível.

por Angela Debellis

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