Crítica: “Warcraft: O Primeiro Encontro de Dois Mundos” (por uma não gamer)

Warcraft pôster crítica“O Inferno são os outros”. Talvez a frase do filósofo e escritor francês Jean-Paul Sartre nunca tenha estado tão em voga. E, infelizmente, a indústria cinematográfica também é vítima dessa conclusão.

A estreia de “Warcraft – O Primeiro Encontro de Dois Mundos” (Warcraft – The Beginning) reacende a velha discussão sobre a “fórmula mágica” para fazer um filme que agrade os fãs da obra (nesse caso, o jogo de videogame) em que se baseia e também atenda às expectativas do público em geral que não teve contato com o material original.

A resposta é simples: não existe tal fórmula. Porque nada , seja na área que for, consegue ser uma unanimidade – o que pode ser interessante, mesmo que parte das pessoas esteja perdendo a capacidade de respeitar a opinião alheia.

A trama da aventura medieval/fantástica, como o próprio subtítulo nacional entrega, mostra o primeiro contato entre dois povos distintos: os Orcs e os Humanos. É claro que esse encontro está longe de ser pacífico, o que rende ótimas sequências de batalhas e que, para mim que não conhecia o jogo, despertou grande curiosidade em ver como ficariam nos gráficos originais.

A história se passa no reino fictício de Azeroth, governado pelo pacífico Rei Llane (Dominic Cooper), cuja paz está seriamente ameaçada pelos planos de Gul’Dan (Daniel Wu), orc que pretende invadir e dominar o local através de um portal mágico – pode não ser a mais original, mas continua sendo uma solução bem bacana.

Não há de fato o lado bom e o mau. Há facções com interesses próprios e líderes à altura. Pelo grupo dos orcs, o carismático Durotan (interpretado por Tobby Kebbell, que em minha opinião, é o personagem mais legal e centrado da história); já os humanos têm à frente o valente Anduin Lothar (Travis Fimmel), que em pouco mais de 2 horas de projeção consegue ser protagonista dos mais diversos sentimentos.

O guerreiro sofre perdas, toma decisões imediatas ao liderar operações táticas e ainda tem tempo para encantar-se por Garona (Paula Patton), uma orc mestiça, que segundo amigos gamers me contaram, é importante na sequência de jogos da franquia.

Como é usual nesse tipo de produção, os maiores destaques são os visuais. Se por um lado a trama pode parecer um tanto quanto complicada para quem adentra a este mundo só agora, por outro, as imagens são impressionantes. O óbvio e inevitável uso do CGI é feito de maneira muito eficiente (acima das críticas de quem não gosta de tal recurso, paira uma triste verdade: não há orcs em nosso mundo “real” dispostos a protagonizar o filme).

É Interessante perceber como tudo ganha textura – ainda mais na tela da sala IMAX: os tecidos, a pele, os metais, o cabelo. Cada detalhe que corria o risco de ser uma tentativa frustrada de se recriar uma realidade alternativa nas telonas acaba tendo sucesso.

O final claramente aberto mostra que há grande expectativa em relação à recepção do longa por parte da audiência. Com tantos jogos lançados, ainda há muitas tramas, personagens e novidades a serem mostradas. Com um bom primeiro encontro, fica a torcida para que tal relacionamento se prolongue com êxito no futuro.

Vale conferir!

por Angela Debellis

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