Crítica: “Wolverine: Imortal”

260713 Wolverine pôsterO grande problema em filmes que são adaptações de quadrinhos, está justamente no fato de ser tão complicado levar às telonas o que funciona nas páginas das revistas.

Dados os devido descontos, parece que um dos personagens mais influentes das HQ’s também é um dos mais injustiçados quando tem sua história levada aos cinemas.

Sai o mutante em busca da paz interior, entra o que questiona o quão penoso pode ser ter uma vida tão longa. A ação de “Wolverine: Imortal” (The Wolverine) se passa após a morte de Jean Grey – vista em “X-Men: O Confronto Final” e traz um protagonista amargurado, cheio de remorso e dúvidas. E que, longe das fortunas de outros heróis campeões de bilheteria, vive em uma floresta, com um radinho de pilha e uma higiene pessoal pra lá de questionável.

A trama é centralizada no Japão, cenário em que Logan reencontra um ex-soldado a quem salvou durante a Segunda Guerra Mundial, em estado terminal, e que pode “libertá-lo” daquilo que em muitos momentos é tido como uma maldição: sua suposta imortalidade. É também aí que conhece Mariko Yashida – seu grande e trágico amor nos quadrinhos – e enfrenta um dos antagonistas mais interessantes do arco de histórias original: o Samurai de Prata (apesar das cenas não fazerem jus à importância dele).

Hugh Jackman está cada vez mais à vontade no papel e chega a ser impossível imaginar outro intérprete para o personagem. Apesar das óbvias diferenças em relação às HQ’s, o ator imprimiu sua marca e tornou-se o rosto definitivo do invocado mutante, tanto que poderá ser visto novamente em breve, no também aguardado “X-Men: Dias de um Futuro Esquecido”.

O longa cumpre muito bem o papel de agradar o público que procura por ação e belos cenários – o que era previsto quando saiu a notícia de que a locação seria o Japão – mas deixa um gostinho amargo na boca de quem esperava por uma adaptação mais próxima à minissérie “Eu, Wolverine”, na qual foi “livremente baseado”.

Destaque para as cenas iniciais que mostram a interação de Logan com um urso na floresta (talvez a parte mais fiel à revista), além da sequência do trem e o grande confronto com membros da Yakuza, que fazem a maioria dos espectadores saírem da sala com uma pontinha de vontade de ter garras de Adamantium…

Se por um lado, a equivocada história da vilã Víbora parece ter se dado apenas para cumprir a cota de mutantes loiras com visual sexy, por outro, o desenvolvimento de Mariko e Yukio acaba deixando o longa com um saldo positivo.

A cena pós-créditos é uma das mais empolgantes dos últimos tempos e serve para mostrar que ainda vem muita coisa boa envolvendo o Universo dos Mutantes da Marvel por aí…

Sempre vale conferir quando quem está nas telonas é aquele que é “o melhor no que faz”.

toupeira_wolverine

por Angela Debellis

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