Crítica: “X-Men: Primeira Classe”

X-Men Primeira Classe pôster críticaEm pleno século XXI, quando estar acima do peso ou ter dificuldade no aprendizado ainda parece um problema (o tão falado bullying), a busca pela aceitação dos diferentes nunca esteve tão em alta. E é justamente sobre isso que a trama dos mutantes criados por Stan Lee e Jack Kirby em meados da década de 1960 trata, seja nos quadrinhos ou nas telonas.

A mais nova aparição dos heróis nos cinemas surge sob o sugestivo nome de “X-Men: Primeira Classe” (X-Men: First Class), ou seja, é o início da saga dos incríveis personagens que são classificados como a próxima etapa da evolução humana.

O foco das atenções divide-se entre as estórias de dois garotos: Charles Xavier e Eric Lensherr. O primeiro, nascido em família rica e com uma descoberta tranquila de sua mutação que o transformaria no futuro no Professor X, o maior telepata do mundo. O segundo sofreu os horrores da guerra aprisionado em um campo de concentração, onde vai descobrir seu domínio sobre o metal de maneira extremamente dolorosa.

Anos depois, o destino une essas duas forças que passam a lutar juntas e recrutar novos nomes para a formação de uma super equipe. Mas os objetivos logo se mostram contrários. Enquanto Charles busca a aceitação de seus pares pela humanidade, Eric está atrás de vingança contra o vilão do longa, Sebastian Shaw, responsável por sua terrível “iniciação” no mundo mutante.

A aparição de importantes nomes como Mística e Fera impressiona pela qualidade visual. Emma Frost surge sem o mesmo carisma das revistas, mas, pela primeira vez, uma atriz de carne e osso faz jus ao corpo imaginado para as heroínas de papel. E, ao contrário do que eu sempre achei, os uniformes coloridos funcionam muito bem.

Os fãs deverão encontrar várias referências e são os que mais aproveitarão certas tiradas dos textos, inesperadas aparições relâmpago, e principalmente, pontas soltas que tem a óbvia intenção de ser dar continuidade à franquia.

E são justamente esses fãs que poderão torcer o nariz para certos fatos, como a estreita relação de amizade entre Mística e Xavier – nunca vista nos quadrinhos ou nos filmes anteriores. É quando se cruza a ínfima linha que separa o que é adaptação do que é exagero a fim de se criar um aparentemente desnecessário arco novo de histórias.

Vale conferir.

por Angela Debellis

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