Direto da Toca: Assistimos à versão que celebra os 50 anos de “O Poderoso Chefão”

Como nasce um clássico? No caso de filmes, pode-se creditar tal êxito a uma fotografia exemplar, a um roteiro brilhante, a atuações inesquecíveis. É o que acontece quando uma produção combina todos esses fatores e entrega um resultado que segue impactante na indústria cinematográfica, mesmo depois de 50 anos de seu lançamento.

Em comemoração a essa marca histórica, uma das maiores obras do cinema, “O Poderoso Chefão” (The Goodfather) está de volta às telonas, em versões remasterizadas em 4K HDR. Para quem preferir (re)ver o título em casa, a Paramount informa que a restauração foi feita em todos os capítulos da trilogia já disponíveis nas plataformas digitais.

Dirigido por Francis Ford Coppola (que também assume o roteiro ao lado de Mario Puzo – autor do livro homônimo de 1969 no qual o longa se baseia), o drama se passa em meados de 1945 e conta a história de uma família de mafiosos italianos, capitaneada por Dom Vito Corleone (Marlon Brando). Com residência estabelecida em Nova York, eles sabem de sua importância no mundo do crime e o quanto o patriarca é influente – fato que já fica muito claro desde as primeiras cenas.

Entre vários elementos que levaram a este ponto, um atentado contra a vida de Dom Corleone faz com que seu filho caçula Michael (Al Pacino) – inicialmente contrário a operações ilegais – se vê tendo que assumir o mais alto posto da família, a fim de manter os negócios do império construído por seu pai e irmãos em pleno funcionamento.

Com 175 minutos de duração, parece improvável dizer que a narrativa se sustenta com perfeição, mas essa é a verdade. A sucessão de fatos vista em tela coloca o espectador em um lugar privilegiado de observação e descobertas, sem que tal jornada pareça cansativa (mérito que muitas produções mais curtas não conseguem alcançar).

Visualmente impecável, o longa ainda conta com uma das melhores trilhas sonoras de todos os tempos. Composta por Nino Rota (responsável por outras maravilhas sonoras, como as criadas para “Romeu e Julieta” e “Amarcord”), ela é fundamental para criar a aura de mistério, poder, derrocada e ascensão que a trama pede.

Indicado em dez categorias do Oscar e vencendo em três (Melhor Filme, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Ator – para Marlon Brando), “O Poderoso Chefão” deixou uma marca importante na história do entretenimento e por isso merece ser sempre celebrado.

por Angela Debellis

*Título assistido em Cabine de Imprensa promovida pela Paramount Pictures.

Filed in: Cinema, Direto da Toca

You might like:

Crítica: “Abigail” Crítica: “Abigail”
Crítica: “Guerra Civil” Crítica: “Guerra Civil”
Crítica: “Jorge da Capadócia” Crítica: “Jorge da Capadócia”
Crítica: “Névoa Prateada” Crítica: “Névoa Prateada”
© 8160 AToupeira. All rights reserved. XHTML / CSS Valid.
Proudly designed by Theme Junkie.