Direto da Toca: como foi o encerramento do Anime Friends 2018

E ontem terminou a 15ª edição do Anime Friends, um evento de cultura japonesa que transcendeu esse objetivo e hoje aborda diversos elementos da cultura pop em si.

Isso é perceptível já desde o momento do almoço, onde se encontra comida japonesa… E italiana, americana e fast food no geral. Este padrão expansivo pode ser visto ao longo de todo o evento, pois ao lado do quiosque de chapéus de personagens de animes, era possível comprar um escudo do Capitão América – personagem da editora americana Marvel, que está em evidência graças à série de filmes do MCU (Marvel Cinematic Universe).

As apresentações de cosplays no palco do último dia do evento tiveram representações de games, desenhos americanos, animes e até mesmo de filmes como Guardiões da Galáxia (também parte do MCU). E foram apresentações incríveis com as mais diversas propostas e personagens saídas de todos os lados da cultura nerd.

O mais interessante, porém, foi ver as interações das pessoas naquele ambiente. A primeira vez que fui a um evento japonês, foi em 2006. Meus pais me deixaram na porta, onde me encontrei com meu grupo de amigos da minha idade e circulamos por um local com uma enorme quantidade de adolescentes, enquanto adultos presentes eram apenas aqueles que estavam vendendo os produtos. Eles não sabiam dar recomendações e apenas estavam lá para representar suas marcas.

Na Anime Friends de 2018, porém, além de diferentes culturas e gostos, diferentes idades se mesclavam e tanto as apresentações do Ultraman, lançado na década de 1970, quanto o show da Vocaloid Hatsune Miku – criada em 2007 – tinham famílias inteiras nas enormes filas que compuseram algumas das principais atividades da programação.

Quiosques para gamers eram extremamente variados e valorizavam desde o Street Fighter dos anos de 1990, jogados no fliperama, até as febres dos jogos de cartas (Yu-Gi-OH e Magic) dos anos 2000 e os atuais jogos online (Overwatch e League of Legends).

E nas áreas de editoras e de lojas de mangás, coleções antigas como as de Osamu Tezuka – considerado como “pai do mangá moderno” no Japão e reverenciado por fãs no mundo otaku -, lançados pela New Pop estavam próximas a séries como Boku no Hero Academia – lançada como My Hero Academia no Brasil pela JBC -, atual febre no mundo inteiro e provavelmente uma das séries com maior número de cosplays no evento esse ano. Cada um dos vendedores das lojas tinha suas séries preferidas e discutia com os compradores qual era o melhor mangá e light novel para cada gênero.

Tanto as áreas para shows e palestras, como as para atividades como dança – pois tinha uma pista de dança e até coreografias -, baseball e wrestling foram recheadas de pessoas compartilhando cultura e “trocando figurinhas”. Havia Flintstones, Jetsons e Steven Universes espalhados pelo Anhembi.

O resultado final foi bastante interessante: para aqueles que gostam de cultura japonesa, para quem gosta de cultura nerd e para quem gosta de cultura pop. Foi um evento de culturas, para toda a família.

Crédito das fotos: Deborah Dias / Ícaro Marques.

  

  

   

     

por Deborah Dias – especial para A Toupeira

Filed in: Direto da Toca, Saia da Toca

You might like:

Crítica: “Abigail” Crítica: “Abigail”
Crítica: “Guerra Civil” Crítica: “Guerra Civil”
Crítica: “Jorge da Capadócia” Crítica: “Jorge da Capadócia”
Crítica: “Névoa Prateada” Crítica: “Névoa Prateada”
© 0615 AToupeira. All rights reserved. XHTML / CSS Valid.
Proudly designed by Theme Junkie.