Direto da Toca: Estivemos na Coletiva de “10 segundos para vencer”

Aconteceu na tarde de ontem a Coletiva de Imprensa de “10 segundos para vencer”, após a exibição em primeira mão do longa, que chega dia 13 aos cinemas, com distribuição da Imagem Filmes.

A coletiva contou com os atores Daniel de Oliveira, Osmar Prado, e Ricardo Gelli. Além disso também estavam o diretor José Alvarenga Jr., o roteirista Thomas Stavros e o produtor Flávio Ramos Tambellini. E através desta os jornalistas puderam saber mais sobre a produção e preparo do e para o filme.

Daniel de Oliveira contou que teve um preparo intenso para o longa, e pelos anos de produção, treinou quase todo dia boxe, até mesmo chegando a lutar de fato. Também assistiu a muitas lutas de Éder Jofre, para assimilar seu estilo particular.

Osmar Prado, por sua vez, falou mais sobre a questão de criar um personagem pouco documentado, particularmente a esfera pessoal deste, ao representar Kid Jofre, pai e treinador de Éder Jofre, para o qual usou como reflexo sua relação com seu pai, e seus embates, seu amor, e os momentos de raiva.

Ele apontou que o filme se encontra em um momento de amadurecimento de sua carreira, reunindo tudo que aprendendo ao longo dos anos, e isso o ajudou a arquitetar o personagem, além do fato de ter vivido o período das vitórias de Éder Jofre no filme.

Ricardo Gelli, também falou sobre a questão de aproximar o personagem com suas vivências, no caso Zumbanão, que segundo sua leitura, tinha certa malandragem e jeito, algo que ele diz se equiparar à sua vida no Rio de Janeiro. Segundo Ricardo, ter crescido no mesmo bairro que a família Jofre-Zumbano, também ajudou no desenvolvimento.

Quando questionado sobre a relação entre o longa e a tradição dos filmes sobre boxeadores, como os títulos de Martin Scorsese  e Clint Eastwood, o diretor José Alvarenga Jr. falou sobre como a questão de Éder Jofre ser da categoria peso galo ajudou, pois as demais produções se focavam com frequência em pesos-médios e pesos-pesados. Acrescentou que a questão da construção das lutas, como a velocidade em que se deram, era uma forma do filme encontrar a própria voz.

Sobre alguns detalhes técnicos e da produção, o diretor também contou como foi difícil para o ator Daniel Oliveira, afinal nenhum dos lutadores, com exceção de Daniel e Ricardo Gelli, eram atores, mas sim boxeadores contratados para dar maior verossimilhança ao filme, e como a equipe de maquiagem viria a ter que disfarçar olhos roxos, ao invés de pintar, pois alguns acidentes ocorreram ao longo da filmagem.

Ainda explicou sobre a reconstrução digital de estádios de boxe das décadas de 1960 e 1970, muitos dos quais não existem mais, e como os processos de efeitos especiais usados na película ainda são inovadores se tratando de Brasil.

Segundo o produtor Flávio Ramos Tambellini, o filme transcende e é bem-sucedido pela capacidade de fazer as pessoas vibrarem, seja por sua história, com as lutas, ou pelos personagens, e ainda por não querer ser didático em representar a realidade da época, mas que ainda assim ela se faz presente na narrativa inteira.

Por fim, os atores Osmar Prado e Ricardo Gelli comentaram sobre ganharem os prêmios de melhor ator e melhor ator coadjuvante, respectivamente, no Festival de Cinema de Gramado. Osmar comentou que em ambas as vezes não esperava ganhar um prêmio, e se emocionou ao contar sobre o impacto que é ser chamado ao palco para recebê-los.

Por sua vez Gelli não pôde estar presente no Festival, pois não fora avisado que era um dos indicados, e estava trabalhando em uma peça, mas também falou da importância e de como é simbólico para ele, um ator mais conhecido no meio teatral, a vitória de um prêmio referencial no Brasil.

Confira nossa Crítica Completa de “10 segundos para vencer” na data de estreia.

Crédito das fotos: Ícaro Marques.

por Ícaro Marques – especial para A Toupeira

Filed in: Cinema, Direto da Toca

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