Direto da Toca: Fomos à 26ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo

Em agosto de 2018, aconteceu a 25ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo. Em seus dez dias de duração, muitas atrações para conquistar os corações de leitores que já estavam acostumados a esperar dois anos pelo reencontro (caso não tivessem chance de ir à Bienal no Rio de Janeiro).

Chegou 2020 e com ele, a Pandemia de Covid-19. Incontáveis coisas mudaram (tantas em definitivo), foram adiadas, canceladas. Entre elas, o tão esperado retorno ao local que evoca tantos sentimentos, a cada capa, título ou visível cuidado em se criar um espaço no qual os leitores sintam-se acolhidos e respeitados. Embora louvável, a edição virtual não teve o mesmo impacto.

Foram quase quatro anos completos de espera, mas neste 02 de julho de 2022, a 26ª Bienal Internacional do Livro abriu suas portas (e por que não dizer, seu coração) a milhares de pessoas que transformaram até o que não era tão bom assim (como enfrentar filas quilométricas desde antes de chegar à catraca de acesso) em motivos para sorrir.

De volta ao Expo Norte, o evento retorna repleto de novidades para todos os gostos. Como sempre, os estandes das editoras mais populares são os mais disputados, não só pela variedade de títulos, mas pelo oferecimento de espaços temáticos que podem render ótimas fotos e que servem para chamar ainda mais a atenção.

Para quem não procura por nada específico, a dica é dar uma chance às editoras de menor alcance, que costumam oferecer verdadeiros tesouros escondidos em seus catálogos, muitas vezes a um preço bastante tentador.

Por falar em preço, é fácil encontrar boas promoções, até mesmo de obras aclamadas e boxes de coleção, mas é preciso paciência para procurar, porque devido à inacreditável variedade, é bem provável que em uma mesma pilha estejam títulos de literatura hot, culinária e fantasia, por exemplo. Claro que há obras cujo valor chega a 3 dígitos ou o desconto irrisório, mas, no geral, vale a pena.

Com as senhas disponibilizadas anteriormente à abertura do evento (e, por consequência, esgotadas), as várias palestras que acontecerão todos os dias ainda podem ser acompanhadas pelo público presente através de um telão – a própria arena não é exatamente fechada, apenas o suficiente para que só aqueles que possuem senha possam estar sentados e tenham direito a tentar fazer alguma pergunta – então, os convidados são vistos no palco por todos.

Quem estiver disposto a passar horas no local, há à disposição uma Praça de Alimentação bastante diversificada, além de outras opções menores espalhadas pelos corredores centrais.

Pontos Positivos:

-Variedade de livros e preços atrativos desde o primeiro dia: Não é preciso esperar para tentar obter algum livro desejado por um valor mais “justo”, mas é provável que haja um maior número de promoções acontecendo no fim de semana de encerramento, como normalmente acontece em anos anteriores.

– Os chamados espaços “instagramáveis”, que servem de cenário para fotos: A maioria conta com monitores das próprias editoras para auxiliar o público a conseguir a melhor imagem, mas mesmo quem opta penas pelas selfies pode conseguir bons resultados.

– Oferecimento de brindes em alguns estandes, que vão de marcadores de páginas a pôsteres, passando por simpáticos acessórios para a cabeça que lembram coroas e dão um ar bastante divertido e lúdico ao mar de pessoas que transita pelos corredores (tanto crianças, quanto adultos).

– O apoio a nomes ainda pouco conhecidos. Vários títulos lançados no evento contam com a presença dos autores nos próprios estandes, com a possibilidade de conversar diretamente com quem adquirir as obras e até mesmo obter autógrafos (sem a necessidade de senhas prévias, como nas sessões mais disputadas).

Pontos Negativos:

– Ter começado em um sábado: Em edições anteriores, os portões eram oficialmente abertos na sexta-feira, o que facilitava a movimentação – inclusive dos profissionais de imprensa que precisam de informações para passar a quem almeja ir ao evento sabendo o que esperar – já que é sabido que o maior fluxo de visitantes acontece aos fins de semana.

– Falta de bom senso de parte do público: Justamente pelo número expressivo de pessoas presentes nesse primeiro dia, deveria haver um controle maior sobre o tempo que cada uma pode ficar nos já citados cenários temáticos dos estandes. Filas enormes se formavam em cada espaço – algumas até atrapalhando a passagem dos demais transeuntes – devido à demora de quem tirava dezenas de fotos e verificava cada uma na tela do celular (mantendo-se no cenário), sem a menor preocupação com o próximo.

– Altos preços na área de alimentação: Embora seja uma constante em eventos do tipo (ou qualquer outro que envolva a indústria do entretenimento), ainda é triste perceber que os preços abusivos são vistos com naturalidade. Produtos que em situações triviais chegam a custar centavos, chegam a ser vendidos por doze vezes mais do que seu valor.

– A não obrigatoriedade do uso de máscaras: embora, atualmente, essa não seja uma exigência legal, seria interessante a organização do evento fazer tal solicitação ao público, uma vez que a imensa aglomeração já era prevista e a manipulação dos produtos (livros e demais itens oferecidos no local) é constante e feita por milhares de pessoas diferentes.

Confira a programação completa no site oficial da 26ª Bienal do Livro de SP.

Créditos das fotos: Angela Debellis / Clóvis Furlanetto.

por Angela Debellis

Filed in: Livros, Saia da Toca

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