Crédito: Pedro Tritto
Baseado no livro homônimo de Danilo Gentili, o longa “Como se tornar o pior aluno da escola” foi exibido para a Imprensa na manhã de hoje, 05 de outubro. Após a Cabine, os jornalistas participaram da Coletiva na qual estavam presentes os protagonistas Danilo Gentili, Carlos Villagrán, Bruno Munhoz, Daniel Pimentel, e Moacyr Franco, além do diretor Fabrício Bittar.
Segundo Fabrício, a intenção era fazer um típico filme de adolescentes, como os que marcaram época nos anos de 1980. Para isso, colocaram basicamente todos os elementos mais populares nessas produções, na criação do roteiro deste longa, inclusive o seriado Chaves, o que culminou no convite para o intérprete de Quico participar do elenco.
Carlos Villagrán afirmou ter ficado positivamente surpreso com o resultado final do filme, e demonstrou clara satisfação em participar dele, como o diretor de colégio Ademar, um papel tão diferente daquele pelo qual ainda é reconhecido mundialmente. Foram 47 anos dando vida ao menino bochechudo de nove anos, que mora na icônica vila mexicana. E agora, aos 73 anos de idade, ele aceitou de bom grado a chance de abraçar um projeto tão distinto.
O veterano ator, que se classificou como um adulto que carrega um menino dentro de si, teve aulas de português e contou com o apoio de seus colegas de elenco para dar, em suas próprias palavras, “um salto muito grande” em sua longeva carreira.
Quanto à escolha da dupla de atores juvenis Daniel e Bruno, Danilo declarou que a ideia básica era encontrar pessoas que convencessem na tela. E para isso, a idade não se mostrou um empecilho, já que os garotos têm 18 e 12 anos, respectivamente, e ambos interpretam personagens de 14 anos.
Crédito: Pedro Tritto
A obra na qual o longa se baseia tem indicação para maiores de 18 anos, ao contrário de sua versão cinematográfica, cuja classificação é a partir de 14 anos. Segundo Danilo, ele foi uma criança que cresceu vendo títulos como Porky’s, Rambo, e que em sua opinião, as pessoas devem ir cinema com a ideia de que estão lá para ver um filme, em busca de diversão, não de polêmicas.
Sobre a recepção do público mais jovem, todos pareceram bastante confiantes. Assim como esperam que o uso de referências que serão percebidas pelo público que cresceu na década de 1980 sirva como incentivo aos mais velhos para embarcar na história. O roteiro tem duas camadas: uma para quem estuda nos dias atuais, outra para quem vai assistir e sair dizendo que em sua época de escola as coisas eram mais divertidas.
Quanto à liberdade criativa em tempo do “politicamente correto”, Danilo e Fabrício afirmaram que os únicos cortes feitos no roteiro original se deram devido à limitação financeira, que em nenhum momento foram tolhidos em sua criatividade, porque a preocupação era apenas fazer uma comédia pura e simples, sem nenhum outro tipo de rótulo.
A curiosidade interessante se deu com o elemento trilha sonora e o fato do direito de uso da canção “We’re not gonna take it”, sucesso do ano de 1984, do grupo Twisted Sister, ter sido aprovado pelo próprio vocalista e compositor Dee Snider.
Para encerrar, Danilo disse que o argumento, o roteiro e os pontos de virada para o próximo filme já existem e que a ideia inicial é fazer uma trilogia, cujos próximos capítulos seriam “Como se tornar o pior aluno da faculdade” e “Como se tornar o pior funcionário do trabalho”, mas que tudo, obviamente, vai depender da recepção do público e dos números de bilheteria deste episódio inicial.
“Como se tornar o pior aluno da escola” chega aos cinemas em 12 de outubro, data em que você confere nossa Crítica Completa.
por Beatrix Wilkes
