Direto da Toca: Saiba como foi o “1º Desafio de Rua de Santo André” feito pelo Escape 60

Aconteceu na manhã de hoje, 12 de novembro, o 1º Desafio de Rua de Santo André, promovido pelo Escape 60, numa incrível ação inédita e beneficente que teve como resultado mais de 1000 inscritos que contribuíram para a arrecadação de 1 tonelada de alimentos.

A proposta foi realizar um grande jogo de fuga, que, diferente dos oferecidos nos estabelecimentos especializados no gênero, aconteceu a céu aberto, com os enigmas a serem encontrados e descobertos em pontos específicos da região de Santo André.

Parte da Equipe Divertidos – Jogadores de Escape Games se reuniu para encarar o desafio e contabilizar mais um êxito em nossa história de escapadas. Confira abaixo nossas opiniões gerais sobre o evento:

Pontos Positivos:

Participação gratuita: um dos grandes entraves para muitas pessoas que não frequentam os Escapes tradicionais é justamente o valor, que gira em torno de R$ 79,00 por participante. Dessa vez, não havia taxa para encarar os desafios, bastando fazer a doação de um quilo de alimento não perecível.

Enigmas inteligentes: o jogo foi composto por sete enigmas diferentes. Apesar da grande maioria não fazer alusão ao tema proposto (uma invasão alienígena) todos foram bem pensados e tinham lógica – o que numa atividade do tipo faz toda a diferença para o bom andamento da partida.

Atendimento eficiente dos monitores: em todo o percurso havia funcionários uniformizados (o que facilitava caso houvesse qualquer necessidade de se dirigir a eles), que davam ritmo ao jogo, fornecendo dicas que poderiam ajudar caso alguém estivesse com dificuldades em conseguir entender cada desafio. Tais dicas eram ditas em voz alta, a fim de que várias equipes delas se beneficiassem simultaneamente.

Divulgação adequada dos enigmas: Quando liberados, os enigmas foram expostos em grandes faixas, colocadas de maneira estratégica em locais altos, de fácil visualização pelos participantes. Basicamente compostas por imagens (e às vezes números), todas as informações eram captadas de forma fácil e efetiva por um grande quantidade de pessoas, o que possibilitava que várias equipes começassem a pensar nas soluções ao mesmo tempo.

Não há limite de idade: As centenas de pessoas presentes formaram um público bastante democrático. Havia crianças, jovens e pessoas de mais idade. Todos atraídos por uma das características mais interessantes dos jogos de fuga: a falta de necessidade de se fazer grandes esforços físicos para concluir as etapas. E mais uma vez, todos os enigmas exigiam apenas concentração e esforço mental dos participantes, sendo que a única exigência física era fazer a pé o trajeto proposto (cerca de 4,4 quilômetros), em um ritmo regular (sem correr) e sem uso de qualquer veículo.

Pontos Negativos:

Espaço amplo: apesar de essa ser justamente a ideia do evento, o fato de ser realizado em espaço aberto acabou tirando um pouco do charme natural do jogo de fuga. Quando cumprido em uma sala fechada, a possibilidade de imersão na história é muito maior, uma vez que tudo ao seu redor remete a determinado tema, o que não acontece quando você está apenas atravessando uma rua para chegar de um ponto a outro em busca de pistas.

Excesso de interação paralela: o elevado número de participantes (que foi ótimo pelo lado das doações) acabou sendo incômodo em alguns momentos, principalmente quando várias equipes chegavam às respostas ao mesmo tempo e precisavam falar com os monitores a fim de pegar um adesivo como o logo do Escape 60 que as credenciaria à próxima fase. Poucos seguiram a orientação de colocar apenas um representante com a função de ser o porta-voz dos grupos e certa aglomeração se formou mais de uma vez durante o percurso.

Falta de esportividade: isso nem é demérito dos organizadores, mas de quem tem pouco espírito esportivo. Em vários momentos vi jogadores tentando se valer de informações de outras equipes, a fim de agilizar sua busca. Ou seja, quando alguém sabia uma resposta, sempre havia outra pessoa estranha por perto, para “colar” e se beneficiar com isso, sem de fato ter decifrado a charada. O que também não acontece em partidas fechadas, já que apenas um grupo por vez fica confinado na sala.

Informações desencontradas: No ato da inscrição não fomos informados sobre qualquer tipo de premiação às melhores equipes e tal informação também não consta no Regulamento / Termo de Responsabilidade, sendo colocada apenas em um folheto sobre o evento, pelo qual ficamos sabendo de tal fato, uma vez que não recebemos o release oficial com informações para imprensa. Acontece que já tínhamos nossa equipe formada (inclusive com jogadores veteranos de outras partidas tradicionais de Escape) e não nos preparamos para efetuar uma partida rápida / competitiva – entramos apenas com a intenção de cumprir o desafio dentro do tempo máximo previsto -, pois tínhamos participantes com menos preparo físico em nosso time.

Falta de qualquer tipo de registro de participação: Acho que teria sido muito interessante (e ainda mais motivador) se cada equipe tivesse recebido alguma espécie de certificado e participação. É claro que não seria possível fazer algo individual, devido ao grande número de jogadores, mas poderia ser algo simples – uma impressão em folha sulfite mesmo – em nome de cada equipe apenas, mas que serviria de boa lembrança do evento.

Valeu muito pela experiência e já fazemos votos de que outros eventos do tipo sejam realizados no futuro.

por Angela Debellis

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