O Jornalismo na era dos “likes”

A-Toupeira-Arquivo-T 1Hoje o “Arquivo T” será diferente. Não será divertido, mas de alguma maneira não deixará de ser surpreendente.

Uma amiga bastante querida (cuja identidade não importa no momento) escreveu esse texto e mandou para alguns conhecidos em comum. Achei bacana compartilhar para que saibam eu nem sempre é fácil levar o entretenimento até vocês. E que nós, do site A Toupeira, nos esforçamos muito para fazer um trabalho legal e digno de seu apoio.

O Jornalismo na era dos “likes”

Meu avô era jornalista. Trabalhou em um grande jornal impresso da época e foi um grande profissional. Talvez tenha herdado dele o gosto por escrever.

Nesses tempos passados ter conteúdo importava. Não bastava uma carinha bonita (ou feia mesmo, não vamos nos esquecer de nossos amigos maquiagem e Photoshop), uma frase de efeito, uma oportunidade conseguida “por baixo dos panos”. Ter conteúdo hoje em dia, é quase um sinônimo de fracasso.

Conheço profissionais que têm mais bagagem do que muitos considerados grandes no ramo, que não conseguem nem ao menos um trabalho de freelancer. Assim como sei de outros que mal sabem escrever o próprio nome, mas tem “os contatos certos”.

Como diria Amélie Poulain, “são tempos difíceis para os sonhadores”. E cada vez que fico sabendo da podridão que envolve os bastidores do jornalismo em geral, mais me convenço da força dessa frase.

Você sabe escrever bem, tem competência para criar textos originais com ideias que fazem sentido? Meus pêsames. É provável que você vá perder seu espaço no mercado de trabalho para alguém que desconhece o bom uso de seu próprio idioma e que não se importe com isso, pelo simples fato de ter mais “likes” tanto na vida virtual quanto na real.

Fica o recado para as assessorias/diretorias/coordenadorias (e até mesmo para os jornalistas que fazem parte de nosso “círculo de “amizades”): nós conversamos entre nós e, uma hora ou outra, acabamos descobrindo suas “preferências” por certos profissionais. Sabemos que nem sempre o que nos é apresentado é a verdade que se perde nas salas de reunião.

Podemos desconhecer os “reais motivos” que os levam a agir assim. No momento, falta de profissionalismo – para dizer o mínimo – é o que aparece no topo de nossas listas.

por Lara McCoy

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