Crítica: “(500) Dias com Ela”

Ao comparecer à Cabine de Imprensa de “(500) Dias com Ela” ((500) Days of Summer), tinha certeza que veria (mais uma) previsível comédia romântica. E apesar de gostar de tal gênero, esperava por “algo mais”

Mas desde o início, a produção se mostra diferente. A maneira não-linear de contar a passagem dos 500 dias do título é eficiente e prende a atenção.

Tom (Joseph Gordon-Levitt) é um rapaz romântico, que acredita estar a um passo de viver uma grande história de amor ao conhecer a encantadora Summer (Zooey Deschanel), no escritório em que trabalham.

O inevitável relacionamento acontece, mas um detalhe pode pôr tudo a perder: a mocinha da trama é absolutamente cética quando o assunto é amor (o que não deixa de ser novidade em um universo em que os suspiros e cobranças ficam a cargo das mulheres na maioria das vezes).

O filme tem inúmeros pontos positivos: a trilha sonora (que vai de The Smiths a Patrick Swayze) é perfeita e adequada a todos os momentos. Os coadjuvantes (no caso, os “amigos conselheiros” de Tom, também têm boas – apesar de poucas – cenas).

A boa e velha “química entre os protagonistas” garante a dose de veracidade necessária para que o público se envolva por completo e de repente se veja torcendo / sofrendo / rindo como se conhecesse o casal (ou no mínimo, tivesse vivido alguma história parecida).

Destaque para uma divertida sequência exibida duas vezes durante a projeção. Primeiro, tudo em Summer parece perfeito para Tom, seja o sorriso, os joelhos ou a marca de nascença no pescoço. Passado algum tempo, a coisa já não é bem assim e o que antes parecia um coração, ganha contornos mais “nojentos”…

Como nomes próprios não têm tradução, uma das tiradas mais legais se perde. Para evitar isso, vá ao cinema sabendo como dizer os nomes das estações do ano em inglês…

Vale conferir!

por Angela Debellis

Filed in: Cinema

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