Crítica: “A Grande Aposta”

A Grande Aposta pôster críticaDos poucos gêneros de filmes que me desagradam de verdade, os que trazem como temática as transações de Wall Street ou qualquer coisa relacionada à Bolsa de Valores em geral, estão no Top 5. Talvez o fato de eu nunca ter investido por pura falta de “tempo” (ironia detectada) contribua para tal antipatia pelo assunto.

Mas, como há público para todos os mercados, este ainda deve ser um filão interessante para Hollywood, que de tempos em tempos lança alguma produção do tipo.

A bola da vez é “A Grande Aposta” (The Big Short), adaptação do livro escrito por Michael Lewis, “ The Big Short: Inside the Doomsday Machine”, que conta como principal atrativo nomes de peso no elenco para mostrar sob uma nova e inusitada perspectiva, a grave crise imobiliária que afetou os Estados Unidos nos anos de 2007 e 2008.

Com quatro protagonistas com ações e pensamentos distintos – Christian Bale, Brad Pitt, Steve Carell e Ryan Goslyn – temos a mesma história vista por ângulos totalmente diferentes. A bolha que estourou no ramo e deixou milhares de desempregados e desabrigados é a mesma que fez com que outros conquistassem fortuna do dia pra noite, com investimentos duvidosos e altamente arriscados até então. Como cada um encara esses acontecimentos é que impulsiona o filme adiante.

O maior destaque fica para as sequências que fazem com que o espectador leve, de fato, o longa para o lado da comédia. As participações pra lá de inesperadas de Margot Robbie (a Arlequina de “Esquadrão Suicida”), da jovem cantora Selena Gomez, além da quebra da quarta parede (quando o personagem de Ryan Gosling fala diretamente ao público por várias vezes, como se estivesse em uma conversa informal com alguém pessoalmente).

Adam McKay está à frente da direção. Como conhecido diretor de comédias, pode-se esperar algo que consiga fazer de um tema tão sério como esse, passível de risadas – ainda que a maioria seja permeada de ironias por todos os lados.

O filme parece um pouco longo demais (131 minutos) e fica a impressão de que muito poderia ter sido desenvolvido de forma mais ágil, mas no final das contas, enquanto houver possibilidade de lucro (e prêmios pela obra), haverá espaço e tempo disponíveis para se contar esse tipo de história.

por Lara McCoy

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