Crítica: “Atentado ao Hotel Taj Mahal”

Sensacional! Faltam adjetivos para caracterizar “Atentado ao Hotel Taj Mahal” (Hotel Mumbai), principalmente por ter sido baseado em fatos reais, cada detalhe, cada cena, era como vivêssemos essa tragédia de perto. Tudo foi extremamente real, como se estivéssemos assistindo a um documentário.

Dirigido por Anthony Maras, o drama retrata os atentados cometidos por um grupo Islâmico, em Mumbai na Índia, onde houve vários pontos de explosões e tiroteios. O último local a ser atacado foi o hotel cinco estrelas Taj Mahal, onde trabalha o garçom Arjun (Dev Patel), que junto ao chefe de cozinha Hemant Oberoi (Anupam Kher), tenta salvar a vida de seus hóspedes.

É difícil conter as emoções durante a sessão, somos atingidos por uma mistura de sentimentos, ficamos em choque, tristes, com raiva, e principalmente aflitos. Complicado acreditar que diversas pessoas tiveram que passar por esse pesadelo.

O fato que deu origem ao filme aconteceu em 26 de novembro de 2008, teve um total de dez atentados na cidade indiana, quase duzentas pessoas morreram – incluindo alguns terroristas – e cerca de 327 ficaram feridas. A suspeita é que quase sessenta atiradores participaram dos atentados.

Mesmo com o roteiro envolto por tanta crueldade, o longa retratou valores que talvez muitos só entenderiam se passassem por determinada situação: há exemplos de proteção, sacrifício, empatia e solidariedade; exemplos de seres humanos que doaram suas vidas em nome do próximo.

Porém, infelizmente também temos dois pontos ruins a discutir: a intolerância religiosa e a xenofobia, fatos que ocasionaram muitas mortes e que continuam se repetindo no mundo inteiro, destruindo milhares de vidas, em especial nas guerras intermináveis que ainda acontecem.

Nada em excesso é saudável, principalmente se tratando de crenças, e julgar se alguém é digno de viver ou não perante os nossos conceitos é algo desumano. O longa chega a questionar o porquê de esses sacrifícios acontecerem, e acredito que talvez nunca tenhamos uma resposta.

por Victória Profirio – especial para A Toupeira

Filed in: Cinema

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