A estréia desta sexta-feira, 23 de janeiro, é para quem gosta de passar muito tempo na cadeira de cinema, afinal, “Austrália” (Australia) tem quase 3 horas de duração (165 minutos).
Com locações belíssimas e primoroso trabalho de fotografia, é um filme bonito de se ver, daqueles que enchem os olhos do espectador, mas que teria capacidade para se resolver em menos tempo. O que não deve servir de desculpa para não assistir. Apesar de longo, não chega a ser cansativo.
Quem nos põe a par e acompanha pela história como narrador é o garotinho Nullah (o estreante – e competente – Brandon Walters). Aborígene, filho de pai branco e mãe nativa, seu destino, assim como o de outras crianças mestiças, é ser criado em uma ilha por membros da igreja, longe da preconceituosa sociedade da época (1939).
Nullah mora na Fazenda Faraway Downs, de propriedade da aristocrata inglesa Lady Sarah Ashley (Nicole Kidman), que vai à Austrália a fim de vender suas terras e descobrir possíveis traições do marido. Esse é o mote para conhecer “O Capataz” (Hugh Jackman) e ter sua vida modificada para sempre.
As diferenças de cultura e comportamentos do casal nos levam a uma viagem onde as descobertas e aceitações são fundamentais para se encontrar o caminho a seguir. É notável como os personagens, que no início parecem absolutamente distantes, têm o que oferecer e acrescentar um ao outro.
A explosão da Segunda Guerra Mundial e os insanos ataques japoneses ao país servem de pano de fundo para acontecimentos necessários e decisivos na vida dos habitantes.
Destaque para a extrema beleza de Nicole Kidman e para o físico de Hugh Jackman já com “corpão de Wolverine”. Com certeza, formam um dos casais mais bonitos que já vi nas telonas.
Vale conferir.
por Lara McCoy