Crítica: “Capitão Fantástico”

capitao-fantastico-poster-criticaProtagonizada por Viggo Mortensen (de “O Senhor dos Anéis” e “Na Estrada”), a comédia dramática, “Capitão Fantástico” (Capitain Fantastic) – destaque dos festivais de Cannes e Sundance deste ano – conta a história de um casal que decidiu criar seus seis filhos na natureza, sob um regime peculiar e rigoroso em busca de uma melhor qualidade de vida – em todos os sentidos. O intuito é transformar as crianças em adultos extraordinários.

Ben (Viggo Mortensen, indicado ao Globo de Ouro de Melhor Ator em Filme de Drama) e Leslie (Trin Miller) decidiram criar seu refúgio em uma região montanhosa, na costa oeste dos Estados Unidos. Lá, ensinam aos seus filhos, técnicas de sobrevivência na selva, além de noções de liberdade e direitos civis. Leslie, porém, retornou à vida urbana para um tratamento médico — sua presença na trama se dá apenas pelas lembranças de seus familiares.

Após a morte da companheira, Ben se sente obrigado a voltar com os filhos para a cidade natal da mulher, onde terá que enfrentar as opiniões contraditórias da família dela, em especial, de seu sogro (Frank Langella), que tem como objetivo a guarda das crianças.

Dirigida por Matt Ross, a produção coloca em questão uma realidade defasada da sociedade em que vivemos, em questões de apegos a bens materiais, a má qualidade da educação por parte das escolas e principalmente, a falta te interesse dos pais em querer que seus filhos sejam seres humanos melhores.

O longa traz diversas reflexões sobre a sociedade contemporânea, e passa a mensagem – através do ensinamento de Ben para seus filhos – de que todos são responsáveis pelo bem comum de todos. A posição política do protagonista fica clara no decorrer da trama, mas essa não é a grande discussão, e sim, a reflexão sobre o mundo em que vivemos e como podemos melhorá-lo.

O que é encantador e ao mesmo tempo cômico, é a ingenuidade das crianças quanto à maldade que existe no mundo. Solidariedade, desapego material e lições de humanismo pautam as conversas familiares sobre rasas e profundas questões existenciais. O simbolismo de uma linda cerimônia ao som de Sweet child o’mine”, do Guns N’ Roses é o ápice da trama, e já aviso, prepare os lencinhos, é hora de se arrepiar.

O filme é divertido e possui momentos dramáticos de qualidade, além mostrar a possibilidade de poder viver em um mundo menos aterrorizante, com a dosagem certa entra a ingenuidade e a sabedoria. Vale a pena conferir, refletir, e talvez, mudar!

por Caroline Lima – especial para A Toupeira

Filed in: Cinema

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