Crítica: “Cópias – De Volta à Vida”

Antes de qualquer questionamento, o foco de “Cópias – De Volta à Vida” (Replicas) não é discutir questões religiosas, sendo assim, o fato do homem conseguir clonar outro ser humano não o torna Deus.

O longa conta a história do cientista William (Keanu Reeves), que desenvolveu um projeto de transplante de consciência de pessoas mortas para máquinas. Após perder toda a sua família em um acidente de carro, resolve trazê-los de volta à vida, mas como tudo tem seus empecilhos com ele não seria diferente: sem a estrutura necessária para tal procedimento, ele rouba equipamentos do laboratório no qual trabalha e realiza todo o processo de clonagem humana na garagem de casa, obtendo êxito até determinado momento.

Logo de início o enredo prende a atenção do espectador, pois tem certa intensidade é um mix de ação, drama e até um pouco de terror. O enquadramento sempre gera um suspense, nunca sabemos o que esperar e somos surpreendidos com sustos – e isso é muito bom porque cria muitas expectativas sobre as cenas seguintes.

Infelizmente o diretor Jeffrey Nachmanoff, não supriu as expectativas criadas inicialmente tratando-se de filmes com a temática ficção científica é aceitável e compreensível que fuja da realidade, todavia o roteiro ficou sem nexo, em vários momentos leques foram abertos, mas não fechados. Como alguém que perde toda a sua família de uma só vez tem como única reação esconder os corpos e recriar clones, agindo como se nada tivesse acontecido? Fica esse questionamento a quem assiste.

As atuações dos atores são muito robóticas, sem a mínima emoção, e isso chamou a minha atenção, pois Keanu  é conhecido por suas interpretações impecáveis (como em “Matrix” por exemplo). Aqui é como se ele estivesse caído de paraquedas na história, ou seja, o problema não é ele, qualquer ator escalado enfrentaria o mesmo problema tendo em vista que a continuidade do roteiro é falha.

A história do filme é sobre ficção cientifica, porém as decisões do personagem fogem de qualquer regra ou ética científica – o espectador não precisa entender de sci-fi pra ver que tais feitos são impossíveis. A parte boa é que mesmo após toda tragédia que envolve a família e que deu origem ao roteiro da produção, o final consegue unir máquinas e humanos sem precisar um substituir pelo outro.

É necessário ter paciência para entender a proposta de “Cópias – De Volta à Vida”, mas após você captá-la e absorvê-la, consegue mergulhar na história e no final acaba considerando o resultado satisfatório.

por Leandro Conceição – especial para A Toupeira

Filed in: Cinema

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