Crítica: “Fantástica”

Bastante popular na China, os Bonnie Bears são protagonistas de uma série televisa que já conta com mais de 200 episódios. “Fantástica” (Boonie Bears: Entangled Worlds), cuja arrecadação mundial ultrapassa os U$S 70 milhões, é o quarto capítulo de uma bem-sucedida franquia cinematográfica e agora busca seu lugar ao sol em mercados ainda inéditos.

A animação que chega ao Brasil, com exibição exclusiva pela Rede Cinemark (em parceria com a distribuidora Lança Filmes), faz as vezes de apresentação dos personagens. Bramble e Biar são irmãos ursos que ainda filhotes foram resgatados pela tribo da terra mágica que dá nome à produção. Desde o início é fácil perceber que eles têm personalidades bem distintas – enquanto um carrega a inocência de uma criança, o outro se mostra mais sisudo e ciente de suas reponsabilidades para com o local que os acolheu.

A trama mostra o trabalho de dois arqueólogos na busca por Fantástica, a fim de comprovar se a “Lenda do Chifre Dourado” é mais do que uma história mítica. Junto a eles está a robozinho Coco, que será de fundamental importância para o desenvolvimento da narrativa, ao seguir jornada com os ursos, carregando importantes informações em sua memória.

Ao ostentar o título de “caçador”, Vick – recorrente em outros episódios anteriores – pode parecer o grande vilão do longa, mas é muito interessante como no decorrer da aventura, sua personalidade real vai sendo mostrada. Em se tratando de questão emocional, este me pareceu o personagem mais complexo.

A ação se torna mais interessante – visual e textualmente – quando Bramble, Biar, Vick e Coco adentram às terras mágicas e encontram a misteriosa Naya. A garota, cuja missão de vida é perpetuar o legado de sua família, é uma espécie de protetora do local e as sequências em que interage com os elementos à sua volta são encantadoras (preste atenção na singeleza e graça dos “gnomos cogumelos”).

A opção pelo uso de uma rápida cena em live-action, que parece deslocada em um primeiro momento, acaba sendo um recurso muito bem aproveitado quando as explicações surgem em tela. E os vilões podem não ser tão surpreendentes, mas dentro de certa (e triste) lógica, são os que fazem mais sentido sempre.

Com um trio – Huida Lin, Yonchang Lin e Leon Ding  – à frente da direção, “Fantástica” segue a cartilha e apresenta itens “básicos” em uma animação, inclusive números musicais com letras inspiradoras. Mas, embora possa soar como clichê, isso em nada desmerece a produção, afinal, se temas como o respeito à natureza e ao mundo em que vivemos e o valor de uma amizade sincera em nossa vida, lhe incomodam, talvez o verdadeiro problema não seja com o que lhe é apresentado.

Vale conferir.

por Angela Debellis

Filed in: Cinema

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