Crítica: “Guardiões da Galáxia Vol. 2”

Em 2014, o filão de adaptações cinematográficas de quadrinhos acrescentou um importante e surpreendente nome à lista de sucessos, com a arrebatadora chegada de “Guardiões da Galáxia” às telonas.

Três anos depois, somos mais uma vez surpreendidos pela qualidade apresentada por sua sequência, “Guardiões da Galáxia Vol. 2” (Guardians of the Galaxy Vol. 2), que além de trazer de volta todos os pontos positivos de seu antecessor, consegue acrescentar novidades que só podem ser descritas como incríveis.

Logo na cena inicial, o inusitado grupo de amigos tem que enfrentar uma criatura gigantesca (como visto no trailer oficial), mas não seria um filme de Peter Quill / Star Lord (Chris Pratt) e companhia, se não houvesse música boa do início ao fim. Então, o combate já conta com uma das faixas da fita k7 “Awesome Mix Vol. 2” e com a graciosidade de Baby Groot (Voz de Vin Diesel) dançando – agora já um pouco maior e fora de seu vasinho.

Além da acertada proposta de divertir, o longa dirigido e escrito por James Gunn consegue muito mais, ao fazer os espectadores refletirem sobre um assunto comum a todos, em algum momento: a família. Será que apenas os laços sanguíneos importam, ou a máxima de William Shakespeare que diz que “amigos são a família que nos permitiram escolher” é mesmo imbatível?

É o que Peter vai descobrir ao finalmente conhecer seu pai biológico, Ego (Kurt Russel). A entidade – que nos quadrinhos é representada / conhecida por ‘planeta vivo’ – ganha contornos humanos , o que facilita a aproximação entre pai e filho. As cenas passadas no planeta do qual Ego é parte integrante são de encher os olhos, com cores magníficas e cenários grandiosos.

Tudo que funcionou antes retorna, em alguns pontos até melhorado: o “lance não verbalizado” entre Peter e Gamora (Zoe Saldana), a complicada relação entre irmãs protagonizada por Gamora e Nebula (Karen Gillan), a genialidade / rabugice de Rocket (voz de Bradley Cooper), o humor que beira a total falta de noção de Drax (Dave Bautista), a participação precisa de Youndu (Michael Rooker). Acrescente a isso novos e eficientes personagens e terá a fórmula para o sucesso.

Mantis (Pom Klementieff) e Stakar Ogord (Sylvester Stalone) são novas aquisições que muito têm a acrescentar a futuras aventuras. Enquanto ela se destaca pela inocência e jovialidade, ele surge como um dos Guardiões originais, com pose de quem tem anos de histórias no currículo.

Para quem se diverte buscando referências, vale ressaltar que o filme é recheado delas, seja nos diálogos ou mesmo visualmente, é fácil passear entre citações a jogos, séries, atores e filmes dos anos de 1980. Sem contar a trilha sonora que, como já era esperado, arrasa ao contar com músicas de nomes como Cat Stevens, George Harrison e Sam Cooke, entre outros, que fazem todo sentido quando utilizadas em cena.

E o que dizer sobre o pequenino Baby Groot? A arvorezinha é o coração do grupo, aquele com o qual todos se preocupam, têm cuidado e carinho. Também é responsável por momentos engraçadíssimos, sempre contando com seu diminuto – mas inteligível por seus companheiros – vocabulário.

Confirmando as notícias, há cinco cenas durante e após os créditos finais. Parte delas concebida para arrancar (com êxito) mais um sorriso da plateia; outra, para atiçar os ânimos de quem conseguir perceber o quanto elas são importantes para a continuidade da franquia.

Importante: vá preparado para rir muito, mas leve um lencinho de papel consigo, porque há um fato que deve mexer com o coração de muitos espectadores.

por Angela Debellis

Filed in: Cinema

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