Na produção do diretor Jean-François-Richet, “Herança de Sangue” (Blood Father), o astro Mel Gibson interpreta John Link, um pacato tatuador que tem sua vida modificada, após encontrar sua filha desaparecida, Lydia (Erin Moriarty), que está sendo ameaçada de morte por traficantes, entre eles seu namorado, Jonah (Diego Luna, de “Rogue One-Uma História Star Wars”).
No elenco, veteranos como William H. Macy que dá vida a Kirby – conselheiro de John, e jovens promessas como Thomas Mann na pele de Jason.
O filme que foi exibido no Festival de Cannes se assemelha a vários longas-metragens do mesmo gênero dos anos 1990 e 2000, porém se adequa à época em que é produzido e pode agradar os fãs mais fervorosos, pois mesmo sendo um filme curto (88 minutos) tem muitas cenas de ação intensas.
Pode ser visto como uma crítica social por alguns, por explorar temas que rodeiam o cotidiano das pessoas como drogas e pessoas desaparecidas, porém o tema central não foca muito nisso: o principal da história fica na luta de John para salvar a filha.
Conta com diálogos e falas bem elaboradas – a maioria do protagonista – alguns com ironia e humor inteligente, que podem render risadas. Também não deixa faltar as boas cenas de ação e partes emocionantes, com tudo se encaixando no desenrolar da história e prendendo a atenção sem ser cansativo.
Um fato curioso e que tem se tornado comum em várias obras, é o uso de publicidade direta, seja através de citações ou imagens de marcas – neste caso, Instagram, Ford entre outras.
Com Mel Gibson em boa forma, a produção que chega às telas brasileiras após ter sido bem recebida nos Estados Unidos, tem um roteiro impecável e bem desenvolvido, além de um final inusitado. Vale conferir.
por Yuri Fagundes – especial para A Toupeira