Crítica: “Invasão Zumbi”

invasao-zumbi-poster-criticaA primeira impressão que o título “Invasão Zumbi” (Busanhaeng) pode passar é a de que desde a primeira cena, há de se esperar muita correria, confusão, sangue e pedaços de corpos dilacerados. Porém ao invés disso, o filme começa mostrando simplesmente a história rotineira de uma família coreana, com um rapaz bem sucedido e uma criança enfrentando o divórcio dos pais e sendo criada pela avó paterna.

Esse é o contexto dado no início da produção. Seok-woo (interpretado por Gong Yoo) é um jovem pai divorciado, que tenta remediar algumas decepções que causou em sua filha e para tentar se aproximar da criança, atende o pedido dela: viajar de trem para encontrar sua mãe, como presente de aniversário.

Um dos grandes diferenciais do longa sul coreano frente a outros com o mesmo tema, é a inocência dos passageiros do referido trem, pois estes não possuem nenhuma informação do que está acontecendo na cidade, até que um deles já contaminado pelo vírus se torna um zumbi – e este é o ponto chave de toda a carga de adrenalina que jorra na tela. Pense no seguinte quadro: você está fugindo de uma cidade empesteada de monstros; o “único problema” é que eles estão justamente indo bem atrás (ou já estão ao seu lado).

Se você não gosta de histórias escancaradas envolvendo apocalipses zumbis ou até se arrisca a ver, mas não tem muita paciência para esse tipo de ficção, esse filme é perfeito para o seu caso. É bem provável que não só fique impressionado com a maquiagem e atuações (ambas sensacionais), como também se envolva com cada personagem apresentado do decorrer da narrativa.

Arrisco-me a dizer que o diretor Sang-Ho Yeon escolheu as personalidades de maneira proposital para que quando o espectador fosse assistir, conseguisse ter a percepção de todos, ainda que tão diferentes entre si. Tanto das irmãs idosas, quanto dos adolescentes do time de beisebol; tanto da mãe grávida tentando salvar sua filha que ainda nem nasceu, quanto da filha ainda criança, que vê o pai arriscando a própria vida para salvá-la.

Cada um tem um motivo especial para não morrer – ou melhor, para não contrair o vírus – e isso é o que torna o longa tão tocante.  Obviamente, muitas técnicas relevantes foram usadas para que se elevassem as sensações de quem acompanha a trama na telona – destaque para a competente seleção da trilha sonora e execução dos efeitos sonoros.

Vá ao cinema nesse finalzinho de 2016 para viver muitas emoções. E se você for tão sensível quanto quem escreve este texto, ainda conseguirá encontrar uma mensagem linda de união e altruísmo.

por Ingrid Gois – especial para A Toupeira

Filed in: Cinema

You might like:

“Master Maestros III – Time To Love On Christmas” comemora o Natal no Teatro Liberdade “Master Maestros III – Time To Love On Christmas” comemora o Natal no Teatro Liberdade
Crítica: “O Senhor dos Anéis – A Guerra dos Rohirrim” Crítica: “O Senhor dos Anéis – A Guerra dos Rohirrim”
Crítica: “Calígula: O Corte Final” Crítica: “Calígula: O Corte Final”
Direto da Toca: Conhecemos o estande do Prime Video na CCXP 24 Direto da Toca: Conhecemos o estande do Prime Video na CCXP 24
© AToupeira. All rights reserved. XHTML / CSS Valid.
Proudly designed by Theme Junkie.