Crítica: “Kong: A Ilha da Caveira”

Não sou grande entusiasta quando o assunto são remakes de clássicos, por isso achei empolgante quando li a sinopse oficial de “Kong: A Ilha da Caveira” (Kong – Skull Island) que me pareceu uma proposta de levar o icônico personagem de volta às telonas, mas sob outra narrativa.

Felizmente minha primeira impressão estava correta e a produção dirigida por Jordan Vogt-Roberts apresenta elementos novos (personagens, cenários, até a época em que a trama se passa é diferente) que, aliados à base já conhecida (do macaco gigante que é descoberto por humanos) resulta em algo verdadeiramente incrível.

A história começa em 1944, durante a 2ª Guerra Mundial, mas logo há um salto de 29 anos e, o desenvolvimento mesmo acontece em 1973, quando o oficial sênior da organização conhecida como Monarch, Bill Randa (John Goodman), consegue apoio do governo para explorar uma ilha isolada no Pacífico Sul e cujo acesso implica enfrentar o perigo de uma intensa tempestade com helicópteros, a fim de provar uma inusitada teoria: “Monstros existem”.

Para isso, ele conta com a ajuda de uma equipe bem diversificada, que inclui James Conrad (Tom Hidleston), ex-militar / atual “rastreador”, a fotógrafa de guerra Mason Weaver (Brie Larson) e Preston Packard (Samuel L. Jackson) um indignado tenente coronel que vê nessa aventura a oportunidade de se desfazer do mal estar por ter acatado às ordens de seu país na decisão de retirar as tropas americanas do Vietnã.

A ilha que dá nome ao longa é um lugar atípico, onde vivem diversas espécies que podem até ser conhecidas, como aranhas, formigas, búfalos e o próprio Kong que é um gorila, não fosse por um nem tão pequeno porém: todos têm tamanhos descomunais em relação às pessoas.

É interessante perceber como cada personagem desenvolve um propósito particular: se por um lado há os que querem a todo custo proteger o protagonista (como Hank Marlow – papel de John C. Reilly), por outro há os que numa fúria cega – e bem exagerada – buscarão artifícios para acabar com sua vida (ainda que isso implique na extinção de sua espécie).

São vários os pontos positivos: Do alto de seus 30 metros, a majestade de Kong (que ainda não ostenta o título de Rei) é nítida, assim como a qualidade de sua criação. É possível ver detalhes como as cicatrizes em seu corpo, a textura da pele em seu rosto, as linhas de suas mãos. E a interação com criaturas desconhecidas (no caso, os humanos, sempre eles) também acontece de maneira eficaz e coerente.

Os cenários são deslumbrantes – 90% da ação se passa na ilha – e, quando vistos em IMAX ficam ainda mais bonitos. Se o 3D é dispensável, a opção por ver o filme numa sala de qualidade é válida para se admirar o visual e perceber a riqueza de pormenores.

A trilha sonora, além das faixas originais, é repleta de grandes nomes dos anos de 1970 como Black Sabbath, Creedence Clearwater Revival e David Bowie. Um show à parte que ajuda o espectador a literalmente viajar para a época.

E nem pense em ir embora antes dos créditos finais. Há uma cena adicional que é o gancho perfeito para as pretensões do estúdio em se fazer uma nova – e provavelmente próspera – franquia.

Imperdível.

por Angela Debellis

Filed in: Cinema

You might like:

“1923”: Paramount+ divulga trailer oficial da nova temporada “1923”: Paramount+ divulga trailer oficial da nova temporada
No almoço de domingo, que tal servir Espaguete ao Pesto? No almoço de domingo, que tal servir Espaguete ao Pesto?
ET de Varginha 29 anos: livros para celebrar o mais famoso evento ufológico do Brasil ET de Varginha 29 anos: livros para celebrar o mais famoso evento ufológico do Brasil
Lançamento “MIS Experience 360º” em Boituva Lançamento “MIS Experience 360º” em Boituva
© 0059 AToupeira. All rights reserved. XHTML / CSS Valid.
Proudly designed by Theme Junkie.