Crítica: “Nada será como antes – A música do Clube da Esquina”

O documentário “Nada será como antes – A música do Clube da Esquina” é, no mínimo, necessário.

A direção de Ana Rieper caminha para a contação de histórias pelas próprias fontes. No reencontro dos velhos amigos, artistas da essência do Clube da Esquina, a narração é espontânea, e a música que ressurge também.

Mesclando histórias diversas, buscando uma ordem cronológica, imagens do passado e do presente, ela vai nos mostrando como foi criado, e como se tornou um marco de extrema importância para o cenário musical brasileiro, mundial.

O título é absolutamente profético. Não há possibilidade de sair do cinema, após assistir ao filme, da mesma forma que se entrou. Nada será como antes, de fato. Não dá para não ser transformado, modificado, alterado, mexido ao saber, entender o que esses músicos, esses loucos músicos, esses gênios músicos fizeram.

O movimento artístico, a forma como criaram, como se aproximaram, como cada músico contribuiu para que o produto deste encontro, o disco “Clube da Esquina”, por diversas vezes, tenha sido eleito como o melhor disco brasileiro de todos os tempos. Essa magia musical toda está no filme de Ana Rieper.

Tão perto de nós, tão brasileiro, e hoje em dia tão pouco falado. Essa obra de arte merece estar sempre entre nós, como um norte, uma referência, uma estrela guia. É esse tipo de feito que nos dá orgulho de sermos brasileiros.

Dificilmente alguém que assistir ao filme, não vai querer ouvir por completo o repertório, que, em 1972, foi lançado em formato LP (Long-Playing Record) duplo, e que hoje se encontra nas principais plataformas de música.

Muitas das canções, que todo mundo gosta e cantarola sem pudor, fazem parte do longa, e da obra desse grupo de músicos brasileiros, que conta com nomes consagrados, como: Milton Nascimento, Beto Guedes, Lô Borges, Wagner Tiso, Toninho Horta, e muitos outros, que injustamente não são citados com frequência.

Por tudo isso, e muito mais, justifica-se a conclusão inicial de que é um filme necessário. “Nada será como antes – A música do Clube da Esquina” é muito mais do que isso: é um filme transformador.

por Carlos Marroco – especial para A Toupeira

*Titulo assistido em Cabine de Imprensa Virtual promovida pela Vitrine Filmes.

Filed in: Cinema

You might like:

Crítica: “Ursinho Pooh: Sangue e Mel 2” Crítica: “Ursinho Pooh: Sangue e Mel 2”
Crítica: “Rivais” Crítica: “Rivais”
Crítica: “Plano 75” Crítica: “Plano 75”
Crítica: “La Chimera” Crítica: “La Chimera”
© AToupeira. All rights reserved. XHTML / CSS Valid.
Proudly designed by Theme Junkie.