Crítica: “O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos” (COM SPOILERS)

Hobbit-pôster-ThorinAntes de iniciar o texto, vale dizer que este tem a intenção específica de debater sobre o filme, não o livro, deve-se valorizar a sétima arte assim como a literária. O texto a seguir também contém pequenos spoilers, esteja ciente antes de começar a leitura.

“O Hobbit”, uma obra literária e adaptada para o cinema, terá sua conclusão nas telonas com a estreia de “O Hobbit A Batalha dos Cinco Exércitos”. A saga tem sido bastante criticada e gerado muitas polêmicas diante de fãs, críticos e do próprio mundo cinematográfico e literário na nova trilogia. Será que encerrou de maneira satisfatória para a maioria ou gerará mais polêmica? Será que conseguirá o primeiro Oscar da trilogia?

 Assim que o primeiro faixo de luz aparece na tela, a partir do momento em que se vê o Logo da Warner e começa a música e o clima tenso, assim que se inicia o filme, a primeira das coisas que se nota, é que a dinâmica dele que está totalmente diferente do restante da saga de Peter Jackson na Terra Média – para começar, ele não contém prólogo, a ação começa já no início do filme na parte em que encerrou “A Desolação de Smaug” – há tantos acontecimentos e tanta ação, que é até difícil acreditar que está apenas começando.  Essa mudança de dinâmica marca também, o peso do longa em questão de violência, golpes muito mais sanguinários e brutais, assim como cenas mais chocantes, que vão desde ferimentos abertos até crianças e mulheres mortas.

Uma das coisas mais marcantes na obra, que leva a emoção a um nível único, são as formações conjuntas – e surpreendente – de batalha durante a guerra em frente a Erebor. Elfos e Anões lutando juntos realmente fazem o coração bater mais rápido.

 Algo muito notório, que Peter Jackson fez questão de mostrar, foram as mudanças de visuais, inclusive dos Trolls, que agora estão com uma face muito mais “humana” – alguns têm, também, deformações corporais e/ou armas nos lugares de membros, gerando uma aparência mais assustadora e monstruosa.

Aqueles que amaldiçoavam o “pseudo-romance elfo-anão” entre Tauriel e Kili terão uma má notícia nessa conclusão. O amor dos dois é apresentado de uma forma tão pura, que até mesmo o próprio rei élfico Thranduil mostrou-se comovido.

Ainda sobre a dinâmica, vale citar que o diretor tentou manter a batalha aberta apenas para os figurantes – para os protagonistas, diferentemente de como aconteceu na Batalha de Pelennor em “O Retorno do Rei”, cria-se um ambiente novo e próprio, onde dá-se muita atenção para as batalhas individuais que selam o destino de cada personagem, mais considerados duelos do que batalhas em si.

A produção termina com momentos de extrema emoção, até para aqueles que não são fãs da obra os momentos se tornam especiais e únicos, com uma despedida calorosa de personagens extremamente carismáticos e com um encaixe perfeito com os filmes d’O Senhor dos Anéis.

Peter Jackson mostrou ter dificuldades em alegrar os fãs e os críticos em seus últimos dois filmes da saga da Terra Média, mas com o lançamento de “A Batalha dos Cinco Exércitos”, o sucesso parece estar garantido com a emoção tomando conta dos espectadores. Foi de fato, a despedida perfeita da Terra-Média, o Último Adeus.

por Carlos Eduardo do Nascimento – especial para A Toupeira

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