“Romance à Francesa” (Caprice) conta história do professor Clément (Emmanuel Mouret, que também dirige o filme), um professor primário fã de teatro que inicia um romance com a atriz Alicia Badery (Virgine Eifira). Mas tudo começa a mudar quando entra em sua vida a jovem Caprice (Anais Demoustier).
A produção conta com atuações de Laurent Stocker como Thomas – diretor da escola onde Clément leciona – e Leo Lorléac’h no papel de Victor, filho do professor. Embora o título original deixe claro que o filme é sobre Caprice, a história é mais focada no personagem de Mouret, enquanto a aparição da jovem que dá nome ao longa fica mais marcante no meio da trama.
Um dos primeiros filmes franceses a receber maior destaque nos cinemas brasileiros desde “O Fabuloso Destino de Amélie Poulain” em 2001, é diferente de outras produções feitas no país, mas deve agradar tanto os fãs, quanto os menos familiarizados com o gênero. Ele abre mão de diálogos filosóficos (a não ser em uma cena da peça de Caprice) e também é livre de cenas de nudez, o que o torna agradável de ver com a família.
O teatro é muito retratado durante a narrativa, Clément, Alicia e Caprice estão frequentemente assistindo, escrevendo, encenando ou participando de uma festa referente a alguma peça teatral. O longa pode ser caracterizado como uma comédia romântica sem apelações, a peculiaridade de Caprice deve render boas risadas, assim como o personagem Thomas, que também tem seus momentos cômicos.
Alguns personagens não têm um final merecido, o que pode desagradar parte do público, porém o mistério permite que os espectadores façam suas próprias reflexões do que poderia ter acontecido, já que não deixa uma certeza do que realmente ocorreu.
Vale conferir.
por Yuri Fagundes – especial para A Toupeira