Crítica: “Scoobynatural” (por uma fã de Scooby-Doo)

Entre várias coisas que têm lugar garantido em meu coração, desde sempre, duas estão em destaque contínuo: animais das mais variadas espécies e desenhos animados. Então, não chega a ser novidade que uma de minhas produções favoritas seja a animação que tem o carismático e divertido dogue alemão Scooby-Doo como protagonista.

E foi com esse coração de fã do desenho – com ampla predileção pelos clássicos, mas não desgostando das novas propostas modernas – que assisti ao episódio especial da série “Supernatural” – apropriadamente denominado “Scoobynatural”, no qual os irmãos Dean (Jensen Ackles) e Sam (Jared Padalecki) Winchester, além de Castiel (Misha Collins) acabam virando personagens animados e interagindo com os amigos Salsicha, Velma, Daphne e Fred – além do Scooby, é claro.

Para mim, o maior desafio do roteiro seria encontrar o ponto de equilíbrio entre a “inocência” do desenho – cujos fantasmas sempre se revelavam ‘apenas’ pessoas de má índole sob fantasias que muitas vezes beiravam o ridículo (mas que funcionavam muito bem à época) – e a sagacidade / veracidade dos vilões da série, que não se furta de mostrar que existem entidades sobrenaturais que podem interagir de maneira pouco amistosa com o mundo dos vivos.

Tal temor se dissipa logo que os improváveis personagens se encontram. Como já era de se esperar, o que mais se diverte com a inusitada situação é Dean, que mesmo em meio à óbvia procura por um jeito de voltar ao mundo real, ainda encontra tempo para flertar com Daphne, disputar – abordo de seu Impala “Baby” – uma corrida com Fred a bordo da icônica Máquina do Mistério, além, é claro de comer um sanduíche de proporções épicas com os amigos Salsicha e Scooby-Doo.

A trama se passa durante o episódio animado “A Night of Fright is no Delight”, de 1970, no qual nosso querido cachorro recebe parte de uma herança, mas só terá acesso a ela caso passe uma noite inteira em um castelo supostamente mal assombrado (quer premissa mais clássica e funcional do que essa)? Mas, mesmo conhecendo o desenho de cor – por ser fã assumido da produção – quando um assassinato real acontece, Dean perceberá que as coisas não são tão simples quanto ele imaginava.

O episódio é incrível para os fãs dos dois títulos. Quem gosta de Supernatural, terá chance de ver os personagens em dois mundos tão distintos quanto interessantes. Para os fãs de Scooby-Doo e sua turma, será divertido perceber como as coisas mudaram nesses anos que separam a exibição original do desenho, desse crossover arriscado, mas que deu tão certo.

Ah, claro: a tradicional corrida dos personagens entrando e saindo de várias portas ao som da clássica “Scooby-Doo, where are you?” é um dos momentos mais memoráveis deste que é o 16º capítulo da 13ª temporada da série, que continua fazendo muito sucesso.

Imperdível.

por Angela Debellis

Filed in: TV

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