Um típico filme “pipoca”, no qual se tem uma trama principal bonitinha e baseada em fatos reais, que conta com adolescentes dispostos a mudar o mundo, e se possível, adultos que compram essa ideia. Assim podemos definir “Winter O Golfinho 2” (Dolphin Tale 2).
Winter fora encontrada à beira da praia e salva pelo garoto Sawyer Nelson (Nathan Gamble) de 11 anos. É então levada ao aquário do Dr. Clay Haskett (Harry Connick Jr.) para ser tratada por pessoas dispostas a “salvar, cuidar e soltar” todo animal marinho que encontrar ferido pelas águas da Flórida.
Nesta sequência do longa de 2011, a protagonista não tem condições de voltar à natureza e se vê isolada de seus tratadores e daquele que salvou a sua vida anos atrás. Quando sua companheira Panamá morre, cabe a Sawyer – agora voluntário no aquário – e aos tratadores do local, a missão de reanimá-la.
O elenco conta com nomes de peso como Kris Kristofferson e Ashley Judd. O destaque “negativo” fica por conta do fraco personagem interpretado por Morgan Freeman, que surge em pouquíssimas cenas, repletas de piadas forçadas que chegam a causar certa decepção quando se pensa em sua trajetória de sucesso e talento inegável.
Por outro lado, a trilha sonora funciona de maneira bastante competente. Composta por faixas totalmente instrumentais consegue cumprir o papel de provocar a “emoção correta”, de acordo com o que era exibido na tela.
A intenção de fazer um bom filme para a família mostra-se muito válida, no final das contas. A mensagem que se procura passar, de que “sim, é possível vivermos normalmente com as nossas limitações, e o amor de terceiros para conosco facilita essa difícil tarefa” consegue unir os inúmeros clichês presentes no filme a altas doses de fofura.
por Fernanda Ravagi – especial para A Toupeira