Desde criança, sou uma grande entusiasta de jogos de tabuleiro – e ainda mantenho vários que ganhei na infância comigo. Entre os meus favoritos, “Detetive” foi um dos mais marcantes e com partidas mais memoráveis.
Muita coisa mudou, o tabuleiro ganhou novas versões, virou jogo pocket de cartas, agora tem as pistas reveladas através de aplicativo para celular, mas a essência permanece a mesma, assim como as três perguntas primordiais: “Quem é o assassino?”, “ Qual arma foi usada no crime?”, “Em que cômodo (ou agora, em que estabelecimento) ele aconteceu?”.
Foi com enorme satisfação que assumi o papel de investigadora e topei encarar os desafios propostos pela nova sala unidade Brooklin (São Paulo) da Escape Time em parceria com a Brinquedos Estrela, “Detetive do Caso 49”.
Antes mesmo de a aventura começar, começa a imersão. Fomos convidados a escolher, aleatoriamente, três cartas, parte de uma das centenas de composições possíveis para a resolução do caso – o que nos aproxima ainda mais do jogo de tabuleiro original.
Na trama, o famoso banqueiro Carlos Fortuna foi assassinado. Caberá aos escapers, injustamente colocados na posição de suspeitos, descobrirem os detalhes do crime para provar sua inocência e ajudar na captura do real homicida.
O cenário foi montado onde antes aconteciam as partidas de “Quarto 66 e os Segredos Templários”, mas as modificações são eficientes o bastante para que seja oferecido um jogo novo / inédito e ainda mais detalhado. Com o impecável auxílio do monitor Luan, fomos orientados desde o início, a não pensar de maneira linear, uma vez que as pistas poderiam não ser descobertas em uma ordem fixa.
Tal informação foi de incrível ajuda durante a partida e contribuiu muito para o bom desempenho de cada jogador. Com capacidade para até 10 participantes, um número maior do que estamos acostumados (estávamos em 9 integrantes) mostrou-se válido para decifrar várias pistas que demandavam mais atenção.
É claro que mais pessoas confinadas no mesmo ambiente pode gerar conflito de ideias em algum momento, então, é interessante que se opte por conhecer a sala com um grupo com o qual já se esteja acostumado, até mesmo para facilitar a comunicação.
Quanto às pistas cedidas pelo monitor, estas estão disponíveis a cada 5 minutos, o que me parece um intervalo justo e suficiente para que os escapers consigam encontrar as respostas por si próprios. Caso o grupo passe muito tempo sem conseguir nenhum avanço, o guia questionará sobre a necessidade de alguma ajuda. As dicas passadas através de walkie-talkie são claras e fazem sentido imediato.
Eu e meus companheiros da equipe Escapers Divertidos, colocamos mais uma vitória em nossa lista, ao constatar que o Sargento Bigode cometeu o crime em um restaurante com uma arma química (essa – dentre as inúmeras possíveis -, foi a combinação formada pelas cartas que tiramos no início do jogo, mas durante a maior parte do tempo eu achava que a culpada era mulher!).
Concluímos a missão faltando apenas 25 segundos para o término dos 60 minutos e, como sempre, fizemos uma grande festa ao destravar a porta final e encontrar a saída, quando fomos recepcionados por Luan, que pareceu tão empolgado quanto nós com nosso êxito. Ponto para os funcionários da Escape Time, que dão um show de simpatia e competência todas as vezes que vamos ao local.
Pegue sua lupa e seu bloco de anotações, siga seus instintos de investigador e corra para conhecer a sala “Detetive do Caso 49”. Informações e reservas: www.escapetime.com.br.
por Angela Debellis