Em 1896, H. G. Wells lançou, o que se tornaria um grande clássico, romance de ficção científica “A Ilha do Dr. Moreau”. 122 anos depois, a manipulação genética e todas suas aparentes vantagens / visíveis perigos permanecem em alta, servindo de tema para inúmeras obras da literatura e cinema.
Quem também embarcou nessa onda foi o Escape Hotel, com sua recém-inaugurada sala “O Zoológico do Dr. Moreau”, que fomos conhecer junto aos colegas da Equipe Divertidos, com direito àquele cosplay bacana que tem se tornado um novo integrante do nosso time.
Fomos em oito jogadores – número máximo aceito para partidas na sala – e acredito que tenha sido uma ótima decisão. Com enigmas diversificados e dispostos em vários pontos diferentes do cenário, é possível criar situações em que todos participantes acabam se envolvendo de maneira ativa em algum momento.
Vale dizer que o primeiro ambiente que marca o início do jogo pode causar algum desconforto para quem tem preferência por lugares mais amplos, mas é justamente esse ponto que transporta com ainda mais eficácia para dentro da história proposta.
Como o nome da sala indica, somos conduzidos ao, no mínimo bizarro, zoológico do famoso cientista, onde ele realizava suas pesquisas de ética duvidosa, utilizando as mais diversas espécies de animais como cobaias para a criação de verdadeiras aberrações. Para quem, assim como eu, sentiu certa preocupação em encarar esse assunto, é importante salientar que não há nenhuma representação física que possa incomodar aqueles que defendem a causa animal e condenam qualquer tipo de maus tratos.
Com agora 25 salas das mais variadas em nosso currículo, parece difícil surgir algo que ainda possa surpreender, mas fico feliz em notar que os Escapes demonstram essa preocupação ao criar conteúdos, situações e desafios com cada vez mais qualidade e capacidade de inovar. O diferencial da sala se dá pela detalhamento nos ambientes – inclusive no que diz respeito a odores – que trazem emoções específicas a cada nova descoberta de respostas.
Essa partida ficará marcada para nós, por ser a que tivemos nosso melhor tempo até aqui. Saímos da sala com o cronômetro travado em 17 minutos e 35 segundos restantes para o limite de 60 minutos. Tudo porque finalmente nos sentimos aptos a seguir as regras mais importantes de uma partida de escape game: ouvir o que o companheiro tem a dizer e não achar que apenas um é responsável pela solução de todos os desafios. Trabalho em equipe pode definir o êxito ou fracasso ao término do jogo.
Quem nos acompanhou nessa jornada foram as monitoras Camila e Alessandra, sempre com dicas preciosas e dispostas a sanar qualquer dúvida que possamos ter antes de entrar no cenário – ainda mais que havia um novo jogador na equipe, ouvindo pela primeira vez as instruções básicas. E é muito legal perceber como os funcionários dos escapes em geral se preocupam em transformar a experiência em algo positivo, fazer com que os participantes se divirtam e aproveitem o máximo possível.
Vale muito a pena conhecer a nova sala do Escape Hotel. Para mais informações e reservas, acesse: www.escapehotel.com.br.
por Angela Debellis