Aconteceu na tarde de ontem, 18 de setembro, a coletiva de imprensa de “O Homem Perfeito”, após a exibição do longa aos jornalistas. O filme é uma produção conjunta das produtoras Damasco Filmes e Popcon.
Na coletiva, estavam presentes os atores Luana Piovani, Sérgio Guizé e Marco Luque, assim como o diretor Marcus Baldini, e a produtora Tatiana Quintella. A entrevista teve um tom descontraído, que refletiu bem a comédia, a começar pelo tropeço em um degrau dado por Marco Luque ao entrar na sala.
O evento foi aberto com a discussão sobre o impacto das redes sociais na sociedade: Luana comentou sobre como ainda poucos filmes exploram a duplicidade da vida real e da vida digital. Marco Luque afirmou que a produção pode servir de aviso, que a imagem criada dentro da Internet não necessariamente reflete a realidade fora dela. Por sua vez, Guizé disse que ele mesmo tem dificuldade de se comunicar de maneira digital.
Para aceitar trabalhar no projeto, a motivação dos atores não poderia ser mais diversa também: Marco Luque contou ter achado engraçado um roteiro em que o personagem troca Luana Piovani por Juliana Paiva, e que também tinha um certo reflexo dele mesmo que é ilustrador além de ator. Para Sérgio Guizé, foi a presença do diretor, e posteriormente dos atores, o maior fator pela escolha do trabalho. Luana Piovani por sua vez, comentou sobre seu processo de escolha de trabalhos no geral, sobre se visualizar-se no lugar do público, e, se gostar do que vê, aceita o trabalho oferecido.
Da construção dos personagens, Marcus Baldini afirmou que a personagem Diana (Luana Piovani) tem inspiração na personagem de Julia Roberts em “O Casamento de Meu Melhor Amigo”, e como ambas têm que ser, de certa maneira, “adoravelmente chatas” e tentar se livrar de uma rival amorosa.
Luana ampliou que de certa maneira, a parte adorável da chatice de Diana, vem de um lado que se preocupa e tenta sempre cuidar de quem está ao redor dela, algo que ela se identifica com a personagem. Além disso disse que foi o primeiro filme em que fez a pessoa trocada por outra, e que o papel foi diametralmente oposto ao que interpretou em “A Mulher Invisível”, no qual ela era a pessoa imaginária.
Também sobre inversão de papéis, Baldini comentou como Sérgio Guizé construiu seu personagem, pois, na época das filmagens, acabara de sair de uma novela (Eta Mundo Bom), na qual seu personagem era bem oposto a Caíque, que por sua vez, também é oposto da personalidade do ator. Guizé disse que para fazê-lo, suas inspirações foram os Rolling Stones, particularmente Keith Richards, além disso, sua vivência no mundo do Rock – como vocalista de uma banda – o ajudou na empreitada.
De seu personagem, Marco Luque disse que seria um bom elemento para uso como material em stand-ups, pelo caráter caricato. Também falou como assiste a comédias, particularmente as nacionais, para além de apreciar os colegas, aprender com eles, e não fazer igual.
Por fim, as duas mulheres da entrevista responderam às perguntas: “Existe homem perfeito? Como ele seria?”. Para ambas, nem nas ideias ele existe.
“O Homem Perfeito” estreia dia 27 de setembro, data em que você confere nossa Crítica Completa.
por Ícaro Marques – especial para A Toupeira