Direto da Toca: Fomos à Coletiva de Imprensa de “Wasp Network”

Dirigido pelo aclamado Olivier Assayas e rodado em Cuba, o longa “Wasp Network” será exibido hoje (16), em uma sessão para convidados no Auditório do Ibirapuera e marca a abertura da 43ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Pela manhã o filme foi apresentado à imprensa e participamos da coletiva que contou com a presença do produtor Rodrigo Teixeira, dos atores Edgar Ramírez e Leonardo Sbaraglia, e de Assayas.

A produção cinematográfica é inspirada no livro “Os Últimos Soldados da Guerra Fria”, do jornalista e escritor brasileiro Fernando Morais. A narrativa traz a história de um grupo de espiões cubanos que foram aos Estados Unidos para se infiltrar em um esquema contrário ao governo de Fidel Castro durante os anos 1990. O filme conta com um grande elenco, com nomes como Wagner Moura, Penélope Cruz, Ana de Armas e Gael Garcia Bernal.

“Fiquei comovido e impressionado quando li a obra de Fernando Morais. Dediquei-me à parte humana e emocional destas pessoas que saíram de Cuba e foram para Miami”, contou o diretor sobre a reconstrução das histórias, referindo-se às características dos personagens, pois “Wasp Network” é um filme de espião diferente, sem todo o glamour do “Agente 007” ou de “Missão Impossível”.

Após o Festival de Veneza – onde foi exibido pela primeira vez – o longa passou por alguns ajustes, edições foram feitas para que o público compreendesse a dinâmica política que envolvia Cuba e os EUA no período retratado, com isso “ganhou” mais três minutos.

Um detalhe importante que foi citado por Rodrigo é que Assayas optou por trabalhar com atores latinos para os personagens, sendo fiel às origens históricas. “Todas as agências de talento americanas ofereceram atores americanos para os papéis e Olivier recusou para preservar características desse livro”, afirmou.

Em determinado momento do longa é reproduzida uma entrevista de Fidel Castro, falando sobre os Espiões mandados a Miami, o que pode gerar muitas interpretações. Quanto a isso Assayas deixou claro: “É uma reconstrução da narrativa histórica contada da perspectiva humana de seus personagens, fiz a pesquisa e o espectador que tome sua posição, não quis agradar Cuba ou os exilados”.

O filme ainda não tem data de estreia definida nos cinemas nacionais, contudo a 43º Mostra de São Paulo irá trazer esse e outros trabalhos de Olivier Assayas, que é o homenageado desta edição.

Confira em breve a nossa Crítica Completa.

Crédito das fotos: Carla Mendes.

por Carla Mendes – especial para A Toupeira

Filed in: Cinema, Direto da Toca

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