Direto da Toca: Fomos à reinauguração do “Museu das Ilusões” no Shopping Eldorado

Como já dizia o poeta e filósofo iluminista francês Voltaire, “A ilusão é o primeiro de todos os prazeres”. E como é estimulante nos deixarmos levar por ela, convencendo nossos cérebros que aquilo vemos é o que deve ser registrado como real, mesmo sabendo que isso não é necessariamente verdade.

Recém- reinaugurado, O Museu das Ilusões oferece uma rica oportunidade de observar elementos que nos fazem questionar o que está à nossa frente. Seja através de proporções, reflexos espelhados ou a boa e velha ilusão de ótica, durante o percurso oferecido no local, há dezenas de opções para “enganar” os olhos e colocar um sorriso no rosto (além, é claro, de algumas dúvidas em nossa mente!).

Localizado no Shopping Eldorado, em São Paulo, o Museu tem alcançado sucesso com o público, desde que foi aberto, durante a pandemia de Covid-19. Agora, com as coisas controladas, é possível curtir de maneira muito melhor as diversas ativações disponíveis.

São vários cenários que, à primeira vista, podem parece simples (como o que simula uma cozinha ou o que tem três cadeiras de tamanhos diferentes), mas, ao observar o registro das imagens na tela do celular (com a devida rotação e enquadramento), percebemos como é tudo questão de observar do ponto certo e deixar a imaginação convencer a racionalidade de que até algo absurdo pode fazer sentido – como sentir-se incrivelmente pequeno ao lado das pernas de um gigante.

Fora os espaços temáticos dos quais se pode fazer parte e ativações que se podem participar, também há inúmeras ilustrações que trabalham com a ilusão de ótica expostas pelos ambientes. O trabalho de cores e formas cria a sensação de movimento e de ambiguidade, de acordo com o ângulo do observador. E, às vezes, o mesmo elemento é capaz de proporcionar experiências distintas, o que é muito interessante de comprovar.

Para conhecer todo o ambiente, leva-se em torno de 60 minutos e, uma vez dentro do Museu,  é possível retornar às salas já vistas, não havendo um caminho obrigatório a ser seguido – cada visitante define sua própria ordem de caminhada.

Há monitores disponíveis desde a entrada, que ajudam o público a fazer as fotos, caso necessário. Eles também mostram os melhores ângulos para se conseguir criar a ilusão nas imagens, além de contarem curiosidades sobre as peças. Todos são bastante acessíveis e prestativos.

E por falar em acessibilidade, embora o local seja bastante amplo, nem todas as ativações conseguirão ser aproveitadas por pessoas com deficiência, justamente pela necessidade de ter que se obedecer determinadas posições para alcançar o ângulo de ilusão correto. Mas, no geral, é possível desfrutar a grande maioria. Lembrando que o Museu fica no terceiro piso do shopping (próximo à Praça de Alimentação) e que há elevadores disponíveis no estabelecimento para conduzir as pessoas até o referido espaço.

Ainda que visitar o Museu das Ilusões seja algo que tem no uso do celular uma grande importância (já que parte das ilusões só pode ser, de fato, recriada na tela), vale dizer que também é muito interessante a possibilidade de estar diante de obras que demandam a interação física (como girar manivelas) para serem exploradas. Isso transforma a visita em algo mais do que um grande registro de imagens, o que é sempre muito bacana quando acontece.

Para mais informações e compra de ingressos, clique aqui.

Créditos das imagens: Divulgação / Clóvis Furlanetto.

por Angela Debellis

Filed in: Direto da Toca, Saia da Toca

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