Quantas vezes não sentimos o desejo de poder viver a experiência cinematográfica, que só um cinema pode nos apresentar, ao assistir a um filme em casa?
A dúvida sobre como seria nosso envolvimento com o longa caso conseguíssemos ter a exibição dos mesmos em uma sala de cinema, o quanto afetaria nossas sensações ou percepções, estão sempre a nos rodear ao nos depararmos – especialmente – com obras que são não só envolventes, como uma produção hollywoodiana, mas com um propósito artístico, voltado para a própria apreciação.
A fraca presença desse cinema artístico nas salas de cinemas brasileiros, juntamente com uma queda significante do consumo do mesmo dentro do país motivaram a Pandora Filmes e a Cinépolis Brasil a unirem-se em uma parceria em 2019 para desenvolver “Caixa de Pandora”.
O projeto exibirá, quinzenalmente, filmes independentes – nacionais e internacionais – em salas que trazem não só o que há de melhor em tecnologia, mas também muito confortáveis, intensificando justamente a experiência cinematográfica dos espectadores.
A imprensa especializada foi convidada para conhecer em primeira mão a proposta. Assistimos ao drama “O Mau Exemplo de Cameron Post”, estrelado por Chloë Grace Moretz e que será exibido ao público em 18 de abril – data em que você confere nossa Crítica Completa aqui no site. Também fomos agraciados com um exemplar do livro homônimo de Emily M. Danforth, no qual o longa se baseia, que chega às livrarias como lançamento da Editora Harper Collins.
Caixa de Pandora tem como cerne criar um público voltado para a inovação e para o cinema de arte. Os organizadores Paula Consenza, André Sturm da Pandora Filmes e Luiz Gonzaga de Luca, presidente da Cinépolis Brasil, acreditam que ao criar essa nova vivência conseguirão reverter a queda crescente do “consumo” desse tipo de filmes.
É interessante notar que apesar dos números apontarem essa queda, percebemos que o público brasileiro em geral acompanha a cerimônia de entrega do Oscar e mostra interesse nos filmes que são indicados e premiados, inda que nem todos sejam apresentados nas telas de cinema do país.
E é partindo dessa perspectiva que o projeto Caixa de Pandora surge e aposta suas fichas, e promete uma nova oportunidade de experienciar o universo cinematográfico para além dos blockbusters que costumam dominar os cinemas nacionais na maior parte do tempo.
Crédito das imagens: Carina Ortega.
por Carina Ortega – especial para A Toupeira